DIA MUNDIAL DA VISÃO: MENSAGEM DO CARDEAL BARRAGÁN
Cidade do Vaticano, 04 out (RV) - A cada cinco segundos, uma pessoa no mundo
fica cega, e a cada minuto, uma criança perde a visão. A Igreja não permanece indiferente
diante de tais estatísticas. O presidente do Pontifício Conselho da Pastoral para
os Agentes de Saúde, Cardeal Javier Lozano Barragán, escreveu uma mensagem, para a
próxima celebração do Dia Mundial da Visão, no dia 12 do corrente.
"O alarmante
número de pessoas que sofrem doenças nos olhos indica a necessidade de redobrar os
esforços, para enfrentar solidariamente essa emergência de saúde" _ constata o Cardeal.
Em
sua mensagem, o Cardeal elogia a acolhida entusiasta da campanha "Vision 2020: o direito
à visão", iniciativa conjunta da Organização Mundial da Saúde e da Agência Internacional
para a Prevenção da Cegueira (IAPB), com uma coalizão de entidades internacionais,
instituições de assistência oftalmológica, ONGs e outras corporações. O objetivo da
iniciativa é mobilizar os recursos humanos e materiais disponíveis, a fim de erradicar
as causas da cegueira, um objetivo que deverá ser alcançado até 2020.
Os dados
alarmantes da OMS refletem que está em clara progressão a cegueira conseqüente do
prolongamento da vida e/ou às enfermidades relacionadas com os estilos de vida nos
países economicamente desenvolvidos ou emergentes. O número de pessoas afetadas é
ainda muito elevado.
"90% dos 37 milhões de cegos e dos 124 milhões de pessoas
com redução visual no mundo vivem em países pobres" _ afirma o cardeal, assegurando
o compromisso do organismo que preside, de colaborar com generosa e eficaz solidariedade,
para o êxito do programa "Vision 2020: o direito à visão".
"A Igreja sempre
considerou a assistência aos enfermos, tanto médica como espiritual, como parte integrante
de sua missão evangelizadora" _ escreve o cardeal na mensagem.
Solidarizando-se
com os que sofrem patologias da visão, o organismo vaticano dirige sua atenção, também
a "todos os que sofrem outra forma de cegueira, a do espírito, numa sociedade em que
se vêem apenas os bens materiais, a fim de que também eles abram os olhos, e vejam
muito além desses interesses imediatos, se abram a Deus e aos irmãos necessitados
e, solidariamente, atendam os irmãos enfermos da visão física com sinal de viva fraternidade"
_ conclui. (CM)