BENTO XVI A FIÉIS NO ANGELUS: REZEM O TERÇO PELA MISSÃO DA IGREJA E PELA PAZ NO MUNDO
Castel Gandolfo, 1º out (RV) - Bento XVI avistou-se, no final desta manhã,
com os milhares de fiéis, peregrinos e turistas reunidos no pátio interno da residência
pontifícia de verão, em Castel Gandolfo, para a habitual oração mariana do Angelus.
Foi
o último desses encontros semanais realizado ainda em Castel Gandolfo, uma vez que,
na próxima quarta-feira, o Papa retornará às suas habituais atividades, no Vaticano.
O Santo se encontra em Castel Gandolfo desde o dia 28 de julho, quando retornou do
Vale de Aosta, no norte da Itália, onde transcorreu um breve período de repouso.
Ontem
à tarde, Bento XVI encontrou-se com as autoridades civis e religiosas, e com os representantes
da comunidade de Castel Gandolfo, para se despedir e agradecer pela cordial hospitalidade.
Na
alocução que precedeu a oração mariana do Angelus, o Papa recordou dois aspectos principais
deste mês de outubro: mês do terço e das missões.
No próximo sábado, lembrou
Bento XVI, celebraremos o Dia de Nossa Senhora do Rosário, ocasião que a Virgem nos
concede, para redescobrirmos a beleza dessa oração, tão simples, mas também tão profunda.
"O
terço _ disse o Papa _ é uma oração contemplativa e cristocêntrica, inseparável da
meditação da Sagrada Escritura; é a oração do cristão que faz sua peregrinação de
fé, na seqüela de Jesus, precedido por Maria. Por isso, quero convidá-los, irmãos
e irmãs, a rezar o terço, este mês, em família, nas comunidades e nas paróquias, pelas
intenções do Papa, pela missão da Igreja e pela paz no mundo."
"A Igreja é,
por natureza, missionária _ prosseguiu o Pontífice. A missão da Igreja é o prolongamento
daquela de Cristo: levar a todos o amor de Deus, Anunciando-O com a palavra e com
o testemunho concreto da caridade... A caridade é a alma da missão. Que todos os cristãos
possam fazer sua alegre experiência de ser missionários do Amor, onde a Providência
os colocou, com humilde e coragem, servindo ao próximo, sem segundas intenções, e
atingindo na oração a força da caridade, alegre e atuante."
Por fim, o Papa
citou o exemplo de Santa Teresa do Menino Jesus (Santa Teresa de Lisieux) que a Liturgia
celebra, hoje. Esta virgem carmelita e doutora da Igreja, juntamente com São Francisco
Xavier, é padroeira universal das missões. E exortou os fiéis presentes: "Que Ela
_ que indicou como meio "simples" rumo à santidade, o abandono confiante no amor de
Deus _ nos ajude a ser testemunhas críveis do Evangelho da caridade. Que Maria Santíssima,
Virgem do Rosário e Rainha das Missões, nos conduza a Cristo Salvador."
Após
a oração mariana, o Santo Padre manifestou sua alegria, por ter-se encontrado, ontem
de manhã, com o patriarca de Babilônia dos Caldeus, no Iraque, Sua Beatitude Emmanuel
III Delly, que o colocou a par da trágica realidade com a qual a população iraquiana
se defronta diariamente. "Ali _ disse o Papa _ cristãos e muçulmanos convivem há mais
de 14 séculos, como filhos da mesma terra."
Antes de se despediu dos presentes,
Bento XVI lembrou ainda, que amanhã, se celebrará o Dia Mundial da Habitação, proclamado
pelas Nações Unidas, que este ano terá como tema: "Cidades, ímãs de esperança". A
administração do rápido processo de urbanização, conseqüência também de uma sempre
mais relevante imigração para as cidades, representa um dos problemas mais graves,
com os quais a humanidade do século XXI é chamada a confrontar-se. Nesse contexto,
o Papa exortou: "Expresso o meu encorajamento aos que, em nível local e internacional,
trabalham, para que as pessoas que moram nas periferias degradadas, tenham garantias
de condições de vida dignas, satisfação das necessidades principais e a possibilidade
de realizar as próprias aspirações, sobretudo em âmbito familiar, numa convivência
social pacífica." (MT)