“É o amor a força revolucionária que transforma o mundo”:Bento XVI ao novo Embaixador
da Albânia
O Papa referia-se a Madre Teresa de Calcutá, albanesa de nascimento, e ao seu testemunho
de vida ao serviço dos mais pobres: “Com o testemunho de uma vida evangélica
e com a desarmante coragem dos seus gestos, palavras e escritos, esta filha eleita
da Albânia anunciou a todos que Deus é amor e que ama cada homem, especialmente quem
é pobre e abandonado. Na realidade, é precisamente o amor a verdadeira força revolucionária
que transforma o mundo e o faz progredir para a sua plena realização; é deste amor
que a Igreja deseja dar testemunho com as suas obras educativas e assistenciais, abertas
não só aos católicos mas a todos. É este o estilo que ensinou Jesus Cristo: isto é,
que o bem deve ser feito por si mesmo e não por outros fins” O Papa fez questão
de recordar, neste contexto, aquela “eminente forma de caridade” que é “a actividade
política vivida como serviço à ‘polis’, à ‘coisa pública’, na óptica do bem comum”.
Um serviço a que – sublinhou – se sentem chamados os católicos, especialmente os leigos,
no respeito da legítima autonomia da política e colaborando com os outros cidadãos
para a construção de uma nação próspera, fraterna e solidária”. Aludindo, no início
do seu discurso, à aspiração da Albânia de “se integrar também institucionalmente
no conjunto das nações europeias, sentindo-se desde já a elas ligada não só por razões
geográficas mas sobretudo histórico culturais”, Bento XVI fez votos de “que tal aspiração
encontre uma válida e plena realização”. E concluiu com as palavras pronunciadas por
João Paulo II, na histórica visita que fez a Tirana, em Abril de 1993, convidando
os albaneses a “prosseguir unidos e firmes no caminho que conduz à plena liberdade,
no respeito de todos e seguindo os passos da convivência pacífica, da colaboração
aberta e acertada entre as diversas componentes do país – étnicas, culturais e espirituais”.