2006-09-29 14:48:33

Cardeal D. José Saraiva Martins lamenta situação do Arcebispo Emmanuel Milingo


O Cardeal D. José Saraiva Martins, Prefeito da Congregação das Causas dos Santos, considera que a excomunhão do Arcebispo Emmanuel Milingo é um “facto verdadeiramente doloroso”, mas explicou que a Igreja “não poderia agir de outra forma”. O Arcebispo emérito de Lusaka (Zâmbia) ordenou, sem autorização do Papa, quatro sacerdotes casados como bispos.Na sequência deste acto, o Arcebispo Milingo e os padres que ordenou incorreram em excomunhão automática (latae sententiae), prevista no Cânone 1382 do Código de Direito Canónico. Terça-feira, a Santa Sé divulgou um comunicado oficial em que anunciava este facto e declarava que a Igreja “não reconhece nem pretende reconhecer estas ordenações e todas as que dela derivarem” – como, por exemplo, a ordenação de sacerdotes por parte dos “bispos” de Emmanuel Milingo, ele próprio casado desde 2001, numa cerimónia celebrada pelo controverso reverendo Sun Myung Moon da Igreja da Unificação, num hotel em Nova Iorque.O Cardeal Saraiva Martins lembra que, em relação ao Arcebispo Milingo, a Igreja procurou sempre comportar-se “como uma mãe que quer bem aos seus filhos, não só quando os acaricia, mas também quando os castiga”. Em entrevista à Rádio Vaticano, o Prefeito da Congregação das Causas dos Santos define a situação do Arcebispo africano como “anormal” e “muito triste”.A nota desta terça-feira indicava que “a Santa Sé esperou com vigilante paciência pela evolução dos acontecimentos que, infelizmente, conduziram o arcebispo Milingo a uma condição de irregularidade e de aberta ruptura progressiva da comunhão com a Igreja, primeiro com o atentado do matrimónio e depois com a ordenação de quatro bispos”.








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