EPISCOPADO EQUATORIANO CRITICA REFORMA NA SAÚDE E MOSTRA PREOCUPAÇÃO PELAS PRÓXIMAS
ELEIÇÕES
Quito, 23 set (RV) - A Conferência Episcopal Equatoriana condenou, num comunicado
divulgado ontem, a aprovação no Congresso nacional, de algumas emendas no Código de
Saúde. O Episcopado considera que essas emendas são um ataque à família "ao facilitar
o uso de anticoncepcionais por parte dos adolescentes, sem o consenso dos pais".
No
documento, os bispos criticam o texto das emendas e "questionam o direito de decidir
sobre ter ou não ter filhos, o que deixaria a porta aberta para a legalização do aborto".
O
Episcopado equatoriano também considera "pouco confiáveis" os textos sobre educação
sexual que serão integrados aos planos de estudo das escolas de todo o país.
O
Conselho Permanente da Conferência Episcopal também se reservou o direito de tecer
novos comentários sobre as reformas, após uma análise mais apurada, e lançou um alerta
"aos pais de família" sobre o "atentado à saúde integral das famílias e da sociedade
equatoriana, por parte do Congresso nacional".
Ontem, o presidente da Conferência
Episcopal do Equador, Dom Néstor Rafael Herrera Heredia, bispo de Machala, declarou,
numa coletiva de imprensa, que "os bispos equatorianos compartilham com alguns candidatos,
as preocupações de que certas instituições do país possam comprometer a imparcialidade
do processo eleitoral".
No dia 15 de outubro próximo, os equatorianos escolherão
o novo presidente do país.
O prelado ressaltou que a Igreja "une sua voz à
daqueles que trabalham para que o povo equatoriano tenha a confiança e a certeza no
fato que, o que for decidido nas urnas, será respeitado".
Dom Herrera Heredia
acrescentou ainda, "que a Igreja está disponível a dialogar com os 13 candidatos à
presidência, se isso ajudar a apaziguar os ânimos e a aumentar a confiança do povo
nas suas instituições". (JK)