Com o Islão colaboração no respeito reciproco, para ajudar cada um a conduzir uma
vida conforme á dignidade recebida de Deus, salientou o Papa falando aos bispos do
Chade
Procurar a colaboração entre cristãos e muçulmanos num espírito de diálogo sincero
e de respeito recíproco para ajudar cada um a conduzir uma vida conforme á dignidade
recebida de Deus. Bento XVI fez este pedido na manhã deste sábado aos bispos do Chade.
“O reconhecimento da dignidade de cada um, da identidade de cada grupo cultural e
religioso e da liberdade de praticar a própria religião - recordou o Papa – faz parte
dos valores comuns de paz e de justiça que devem ser promovidos por todos e nos quais
os responsáveis da sociedade civil desempenham um papel importante”. Segundo o
Papa o diálogo interreligioso, portanto, não deve fazer perder de vista a dimensão
missionária da Igreja. Vos, portanto – sublinhou o Papa dirigindo-se aos bispos –
fostes enviados para serdes missionários da Boa nova. Continuai a desempenhar esta
tarefa na confiança e com coragem para a construção de uma sociedade mais justa fundada
na reconciliação e na unidade entre todos. No discurso aos bispos do Chade, recebidos
em Castelgandolfo em visita ad limina, Bento XVI falou também do matrimónio cristão.
“A instituição do matrimónio – disse – contribui para o verdadeiro desenvolvimento
das pessoas e da sociedade e permite assegurar dignidade, igualdade e liberdade para
o homem e a mulher, assim como o crescimento humano e espiritual das crianças.
Segundo o Papa uma formação séria dos jovens favorecerá uma renovação da pastoral
familiar e contribuirá para desanuviar as dificuldades de ordem social, cultural ou
económica que, para numerosos fiéis, são o obstáculo para o matrimónio cristão. Finalmente
uma reflexão sobre o sacerdócio: “manifestai – pediu aos bispos – a vossa proximidade
fraterna aos sacerdotes; nos tempos de provação e de incerteza – acrescentou – sede
aqueles que confortam e que corrigem se for necessário. E louvou aqueles sacerdotes
que desenvolvem uma acção de caridade ao serviço do desenvolvimento, da educação e
da saúde, assim como do acolhimento dos refugiados. “Favorecendo uma solidariedade
autentica às pessoas em necessidade , sem nenhuma distinção de raça – concluiu Bento
XVI – reforçais a sua consciência para que sejam testemunhas credíveis de Cristo”.