Istambul, 17 set (RV) - O patriarca ecumênico de Constantinopla, Bartolomeu
I, se disse "profundamente entristecido" pelas conseqüências que as afirmações do
Papa podem ter nas relações entre cristãos e muçulmanos.
Num comunicado, o
primaz da Igreja Ortodoxa afirma que devem ser evitados temas que possam ofender as
crenças religiosas, e acentua a importância do diálogo, sempre útil e necessário.
Após
a morte de João Paulo II, o primaz ortodoxo convidou Bento XVI a retomar o diálogo
entre católicos e ortodoxos, iniciado por seu predecessor. As duas Igrejas se separaram
em 1054, quando o Patriarca de Constantinopla e o Pontífice romano se excomungaram
reciprocamente, no chamado "Grande cisma".
O Patriarcado Ecumênico nasceu das
ruínas do Império Bizantino, derrocado em 1453, quando os turcos otomanos conquistaram
Istambul, então Constantinopla. (CM)