San Juan, 16 set (RV) - O responsável pela pastoral carcerária de Porto Rico,
Dom Rubén Antonio González Medina, bispo de Caguas, fez um apelo ao país, para que
resista aos intentos de Washington, de restaurar a pena de morte, passando por cima
das garantias da Constituição de Estado Livre Associado e dos ensinamentos da Igreja.
A
ação do bispo católico coloca a Igreja em posição de aberto desafio à política pública
declarada pelo governo dos EUA, exatamente quando estão preparando o terceiro caso
de pena capital no Tribunal de Distrito dos Estados Unidos.
Dom González Medina
indicou que Porto Rico deve manter-se unido à tendência internacional emergente contra
a pena de morte e que "não devemos deixar perder" a proteção do direito à vida, contemplada
na Constituição porto-riquenha. Nesse sentido, fez um apelo para que haja uma mobilização
da cidadania, a fim de "reformar nossa sociedade", de maneira que os problemas da
violência sejam solucionados com medidas e práticas que protejam o valor da vida humana.
O
governo norte-americano vem tentando, há quase seis anos, restaurar a pena capital
em Porto Rico, mas, até agora, não conseguiu que algum juiz a imponha nos casos que
foram apresentados. (MZ)