IGREJA NO CHILE QUALIFICA POLÍTICA DE FERTILIDADE COMO "POLÍTICA DE GOVERNOS TOTALITÁRIOS"
Santiago, 08 set (RV) - Os bispos do Chile fizeram um duro ataque à política
de fertilidade do governo, acusando-o de pretender regular a vida íntima das pessoas.
Embora as autoridades da Igreja já houvessem manifestado o próprio mal-estar
pela nova política que decidiu dar acesso à "pílula do dia seguinte", até mesmo a
adolescentes a partir de 14 anos, desta feita os bispos foram ainda mais duros no
confronto com o governo.
Numa carta intitulada "Para onde caminha o Chile?",
o presidente do Episcopado Dom Alejandro Goic Karmelic, bispo de Rancagua, e o cardeal-arcebispo
de Santiago, Francisco Javier Errázuriz Ossa, defenderam energicamente o que eles
chamam de "um imperativo moral irrenunciável" e qualificaram como "política de regimes
totalitários" a nova norma sobre de controle da fertilidade promovida pelo Ministério
da Saúde.
Através de um comunicado lido pelo próprio Dom Goic Karmelic, os
prelados criticam duramente o governo, por "estabelecer certas disposições para todo
o país, antes mesmo que elas tenham sido submetidas a consultas populares ou com a
participação parlamentar". "Estabelecer normas para regulamentar a fertilidade _ asseguraram
_ deveria ser objeto de ampla discussão e não uma ação unilateral do Ministério da
Saúde" _ afirmam os bispos. (MZ)