Um dia em familia, com a visita á campa dos pais e da irmã.
Passar um dia em família é normal e mesmo um Papa tem direito a ele. O programa de
Bento XVI, esta quarta-feira, pode ter sido menos mediático, mas nem por isso menos
significativo para quem procura compreender, em profundidade, o significado desta
viagem à Baviera. “O motivo da visita consiste exactamente no meu desejo de ver,
uma vez mais, os lugares e as pessoas junto das quais eu cresci, que me marcaram e
fazem parte da minha vida; pessoas às quais desejo agradecer”, referia o Papa, na
sua entrevista a emissoras alemãs antes da viagem, admitindo as naturais “saudades”
de quem vive longe há várias décadas. Estes momentos de cunho pessoal, com familiares
e amigos, são um contraponto para os banhos de multidão nos quais o Papa apresentou
uma mensagem que fala aos seus conterrâneos e chega a quem o acompanha em todo o mundo.
Após mais de um ano de pontificado, já todos aprenderam a conviver com o estilo
mais reservado de Bento XVI, uma Papa mais “professor” do que peregrino, mesmo quando
está em viagem, como se pode perceber pelo dia de ontem – em que o único momento público
foi a prece e saudação durante a bênção do novo órgão da Alte Kapelle de Regensburg.
Durante a tarde desta quarta-feira, o Papa e o seu irmão visitaram a campa dos
pais e da irmã, num momento fechado à imprensa . Para esta quinta feira ficam os
momentos finais desta “festa da fé”, em que Bento XVI se preocupou, acima de tudo,
em falar de Deus e das convicções mais profundas dos católicos: um encontro com os
sacerdotes e diáconos permanentes da Baviera na Catedral de S. Maria e S. Corbiniano
em Freising e, como ponto final, a cerimónia de despedida no aeroporto internacional
Franz Joseph Strauss de Munique. (Ecclesia)