A questão nuclear no Irão: a diplomacia á procura da solução
A questão nuclear no Irão foi o tema da reunião de ontem e que continuou neste
domingo, em Viena, entre o Alto Representante da União Europeia para a Política Externa,
Javier Solana, e o principal negociador iraniano, Ali Larijani. Esta poderá ser a
última tentativa para reactivar as negociações entre o Irão e o grupo dos cinco membros
permanentes do Conselho de Segurança da ONU (China, EUA, França, Reino Unido e Rússia)
mais a Alemanha, para chegar a uma solução.
EUA, Reino Unido, França
e Alemanha são a favor de pressões sobre o Irão, sobretudo de carácter comercial e
diplomático, mas tanto a Rússia como a China continuam reticentes. Teerão ignorou
um ultimato imposto pelo Conselho de Segurança, que exigia a suspensão completa até
31 de Agosto do seu programa de enriquecimento de urânio, que o Irão diz ser para
fins pacíficos mas que, segundo os EUA, visa construir armas nucleares. Washington
quer iniciar esta semana, junto do Conselho de Segurança, a resolução definitiva do
caso, alegando que o Governo de Teerão está apenas a ganhar tempo. Entretanto,
falando em Helsínquia, o primeiro-ministro chinês, Wen Jiabao, disse que o Irão "deve
ter inteiramente em conta as preocupações da comunidade internacional", apelando ao
prosseguimento dos esforços para uma solução pacífica. Recorde-se que na declaração
comum divulgada após a cimeira entre a China e a UE, as partes apelaram ao Irão para
aplicar as resoluções do Conselho de Segurança das Nações Unidas e do Conselho dos
governadores da Agência Internacional de Energia Atómica. As duas partes reafirmam
o seu apoio às propostas de acordo global e a longo prazo feitas ao Irão pela comunidade
internacional para resolver esta crise.