"Quem acredita nunca está só:" lema da viagem de Bento XVI á Baviera de 9 a 14 de
Setembro
Uma viagem na memória, um itinerário entre os lugares da infância e da juventude:
assim se apresentam os seis dias que Bento XVI estará na sua Baviera natal, naquela
que constitui a sua quarta viagem fora de Itália, do seu pontificado. Segundo
o programa oficial, serão doze ao todo as intervenções públicas do Papa – contando
discursos propriamente ditos, homilias e simples saudações – ao longo das diferentes
etapas da visita: Munique, Altotting, a aldeia natal Markt am Inn, Regensburg (onde
continua a viver seu irmão George), o cemitério de Zuegetzorf onde se encontram sepultados
os pais e a irmã, e finalmente Pentling e Freising. O Papa partirá do aeroporto
de Ciampino, em Roma, neste sábado 9 de Setembro, e chegará a Munique cerca das três
e meia da tarde. Depois da cerimónia de boas vindas, o Papa desloca-se ao Seminário
Gregoriano de Munique e, pela tarde, terá um primeiro encontro com a multidão, na
histórica Marienplatz, onde rezará ante a Mariensaule (Coluna da Virgem). No Domingo,
10 de Setembro o Papa presidirá à eucaristia na esplanada Neue Messe de Munique. Está,
ainda, previsto um almoço no palácio arquiepiscopal com os Cardeais alemães. Concluirá
as actividades do dia com a oração das vésperas na catedral. No dia seguinte o papa
irá a Altötting, onde pela manhã visitará o santuário mariano desta localidade e inaugurará
a capela da Adoração. Antes de finalizar, está prevista uma breve oração no Convento
da Madalena, na Basílica de Santa Ana. À tarde, o Papa chegará a Marktl am Inn,
sua terra natal, onde visitará a igreja em que foi baptizado. Depois irá a Regensburg,
a cidade em que morou mais de uma década como professor universitário. Ali se reunirá
com seu irmão, monsenhor Georg Ratzinger, e juntos irão ao cemitério para venerar
a memória da sua família. Na quinta-feira, último dia desta viagem, presidirá
à eucaristia no Seminário Maior e terá um encontro com sacerdotes e diáconos, antes
de empreender a viagem de regresso a Roma, onde chegará ao início da tarde.
Esta
visita de Bento XVI à Baviera (Alemanha) tem como lema “Quem acredita nunca está só”,
palavras que o Papa disse várias vezes aos fiéis no início do seu pontificado. Com
estas palavras Bento XVI quer “abraçar toda a comunidade de fiéis”. O lema “significa
que todos os baptizados foram acolhidos na grande comunidade dos fiéis e, junto com
ela, são Igreja”. Esta mensagem é particularmente relevante para uma Igreja que
vive com uma contínua quebra no número de fiéis, sublinhando o carácter comunitário
da fé. A “máxima expressão” da comunhão eclesial que a fé proporciona, vive-se
“na celebração comum da Eucaristia”. Por este motivo, apresentam-se como momentos
mais importantes da viagem do Papa as celebrações da missa em Munique, Altotting e
Regensburg. As três Dioceses da Baviera do Sul marcaram a vida de Bento XVI: foi
baptizado em Passau, peregrinou como tantos outros ao santuário mariano de Altotting,
foi professor em Regensburg e Arcebispo de Munique. As celebrações do Papa, nesta
viagem, pretendem ser “uma imagem da multiplicidade da vida litúrgica da Igreja e
referência exemplar para as comunidades paroquiais”.