2006-09-04 16:42:35

IGREJAS DE JERUSALÉM REJEITAM SIONISMO CRISTÃO


Jerusalém, 1º set (RV) - O patriarca latino de Jerusalém, Dom Michel Sabbah, assinou, juntamente com líderes de outras Igrejas cristãs locais, em 22 de agosto passado, uma declaração rejeitando o moderno sionismo cristão _ uma corrente muito difundida entre confissões cristãs dos Estados Unidos.

"Rejeitamos categoricamente as doutrinas do sionismo cristão, como falso ensinamento, que corrompe hoje, a mensagem bíblica de amor e de justiça" _ afirma a declaração. Os outros líderes que a assinaram são: o arcebispo Swerios Malki Mourad, do Patriarcado Sírio-ortodoxo de Jerusalém, o bispo Riah Abu El-Assal, da Igreja Episcopal de Jerusalém e do Oriente Médio, e o bispo Munib Younan, da Igreja Evangélica Luterana na Jordânia e da Terra Santa.

Segundo o documento, "o sionismo cristão é um moderno movimento teológico e político, que adota as mais extremas posições ideológicas do sionismo, de tal modo que se converte em obstáculo para uma justa paz entre os palestinos e israelenses".

"O programa sionista tem uma visão do mundo, na qual o Evangelho é identificado com a ideologia do império, do colonialismo e do militarismo. Em sua forma extrema, enfatiza os acontecimentos apocalípticos que levam ao final da história, mais que a vivência do amor de Cristo e a justiça hoje."

Os líderes cristãos também rejeitam no documento "a aliança contemporânea entre líderes sionistas cristãos e organizações com elementos nos governos de Israel e dos Estados Unidos, que estão impondo suas fronteiras preventivas unilaterais e sua dominação sobre a Palestina".

A conseqüência dessa visão _ advertem os líderes religiosos _ "são novos ciclos de violência sem fim, que minam a segurança de todos os povos do Oriente Médio e a paz do mundo".

Os líderes religiosos fazem um apelo aos cristãos das Igrejas de todos os continentes, "para que rezem pelos povos palestino e israelense, pois ambos sofrem e são vítimas da ocupação e do militarismo". Eles também convidam "todas as Igrejas, a romperem o próprio silêncio e se manifestarem em favor da reconciliação e da justiça na Terra Santa". (JK)







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