2006-09-03 15:39:46

São Gregório Magno modelo para as autoridades civis e religiosas, indicou Bento XVI antes da recitação do Angelus, falando deste grande Pontifice que viveu numa época dificil. O Papa pediu que a vida do pastor seja uma sintese de acção e contemplação.


Bento XVI recordou neste domingo antes da recitação do Angelus a figura de São Gregório Magno, um exemplo não só para os sacerdotes mas também para os administradores públicos do mundo inteiro. De facto, como funcionário imperial – explicou o Papa em Castelgandolfo – distinguiu-se pelas suas capacidades de administração e pela sua integridade moral, ao ponto que, com apenas 30 anos de idade tornou-se praefectus urbis, o mais alto cargo civil.
“Peçamos á Virgem Maria que o exemplo e o ensinamento de São Gregório seja seguido também pelos responsáveis das instituições civis”.
Perante a alegre e rumorosa multidão de peregrinos congregados no pátio interno da residência de verão de Castelgandolfo Bento XVI partiu da comemoração litúrgica neste Domingo, de São Gregório Magno, para falar deste grande pontífice que viveu numa época difícil, com os chamados bárbaros ás portas e mantendo sempre um estilo de vida monástico, simples e pobre, tanto como representante papal junto do imperador do Oriente como quando foi eleito Papa.
O que é posto em evidencia pela biografia de São Gregório é que, com profética clarividência intuiu – afirmou Bento XVI – que uma nova civilização estava a nascer do encontro entre a civilização romana e os povos chamados bárbaros, graças á força de coesão e de elevação moral do cristianismo. A referencia implícita é ás raízes cristãs da Europa: “o monaquismo revelava-se uma riqueza não só para a Igreja mas para a sociedade inteira.”
Gregório, depois de ter sido colaborador estreito de Papa Pelágio , com a sua morte foi aclamado por todos como seu sucessor. Procurou de todas as maneiras fugir àquela nomeação mas teve de render-se e deixou de má vontade o claustro, dedicou-se á comunidade consciente que cumpria um dever e que era um simples servo dos servos de Deus - acrescentou Bento XVI resumindo pormenores biográficos de Gregório que apresentam semelhanças com a sua: também Joseph Ratzinger não teria desejado ser eleito durante o conclave de 2005. Tanto é verdade que a um grupo de peregrinos alemães alguns dias mais tarde, durante uma audiência, confessou que tinha pedido muito a Deus que lhe poupasse esta guilhotina, mas Deus não o ouviu.
“A vida do pastor de almas deve ser uma síntese equilibrada de contemplação e de acção animada pelo amor que toca vértices altíssimos quando se debruça misericordioso sobre os males profundos dos outros”.








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