No Japão a Conferência mundial das religiões pela paz vai debater diversas formas
de violência
Transformação de conflitos, construção de paz, desenvolvimento sustentável: são estes
os temas principais da 8ª Conferência Mundial das Religiões pela paz, que começa neste
sábado, em Quioto, Japão.
Esta é uma iniciativa instituída em 1970 e funda-se
no princípio do respeito profundo pela diversidade religiosa, reunindo cristãos de
várias confissões, budistas, judeus, hindus, muçulmanos e sikhes.
Para os líderes
religiosos de todo o mundo, esta será uma forma de debater diversas forma de violência
– religiosa, económica, política e social.
O secretário-geral da confederação
internacional da Cáritas, Duncan MacLaren, estará presente na conferência como pessoa
de referência para os temas da reconciliação.
Este responsável da “Caritas
Internationalis” considera que a iniciativa “não poderia ter acontecido em melhor
altura, dado o que acabámos de experimentar no Médio Oriente e o que ainda experimentamos
no Sri Lanka, Colômbia ou Congo, para falar apenas em algumas situações de conflito”.
Este
grande encontro vai reunir muitos líderes religiosos e organizações que trabalham
em favor da justiça e da paz em todo o mundo.
“Todas as grandes religiões têm
a paz no centro das suas crenças e é essencial que juntemos as nossas forças para
fazer com que o mundo opte pela não violência”, refere Duncan MacLaren, em comunicado
publicado na página da Cáritas.
Sobre a missão que lhe é reservada na Assembleia
de Quioto, o responsável considera que ela “é um sinal da estima com que é visto o
trabalho em favor da construção da paz e da reconciliação, supervisionada pela Caritas
Internationalis”.
No próximo ano, a organização católica humanitária terá treinado
cerca de 4 mil agentes para integrar a construção da paz no seu trabalho.