"O activismo corre o perigo de tornar áridos os corações" salientou o Papa antes
da recitação do Angelus durante a qual pediu a Nossa Senhora o dom da paz verdadeira
e duradoira para o mundo inteiro
Antes da recitação do Angelus deste domingo em Castelgandolfo, Bento XVI falou de
São Bernardo de Chiaravalle, grande Doutor da Igreja que viveu entre os século XI
e XII. Tendo-se retirado do mundo, após um período de grande tormento interior,
foi eleito abade do mosteiro cisterciense de Chiaravalle aos 25 anos de idade, permanecendo
á sua frente durante 38 anos até á sua morte. E a dedicação ao silêncio e á contemplação
não lhe impediu de desempenhar uma intensa actividade apostólica. “È necessário
livrar-se dos perigos de uma actividade excessiva, qualquer que seja a condição e
cargo desempenhado, porque as muitas ocupações levam muitas vezes á dureza do coração
- explicou o Papa recordando a figura de São Bernardo e a sua exortação a Eugénio
III, o Papa daquela época, ao qual o monge escrevia que do activismo excessivo derivam
nada mais senão sofrimento do espírito, extravio da inteligência, dispersão da graça.
A admoestação – salientou Bento XVI – vale para todo o tipo de ocupação, mesmo aquela
inerente ao governo da Igreja. A concluir, o Papa invocou da Virgem Maria “o dom
da paz verdadeira e duradoira para o mundo inteiro”