LÍDERES RELIGIOSOS ARMÊNIOS REJEITAM PRESENÇA TURCA NA FORÇA DE INTERPOSIÇÃO DAS NAÇÕES
UNIDAS NO LÍBANO
Yerevan, 18 ago (RV) - Os líderes religiosos da comunidade armênia do Líbano
fizeram um apelo ao governo, para que impeça a presença de militares turcos na força
de interposição das Nações Unidas no Líbano (UNIFIL) em via de estruturação.
Num
comunicado publicado hoje, pela imprensa de Beirute, os líderes religiosos das comunidades
armênias ortodoxas, católicas e evangélicas afirmam que "a presença das forças turcas
no sul do Líbano é inaceitável, porque a Turquia é responsável por numerosas violações
dos direitos humanos e de convenções internacionais".
Os bispos acusam a Turquia
"por sua ocupação de uma parte da ilha de Chipre e pelos massacres que perpetrou,
em particular, o crime de genocídio contra os armênios, que até agora se recusa a
reconhecer''.
"O Líbano, por sua vez, sofreu as atrocidades do Império Otomano,
sem contar o pacto de defesa comum entre Turquia e Israel", coisa que, segundo os
líderes religiosos armênios, impede Ancara "de desempenhar um papel de força neutra".
Uma
posição semelhante já havia sido tomada pelo principal partido da comunidade armênia
libanesa, o Tachnag, que expressara sua rejeição à presença do exército turco no Líbano
e "a esperança de que o Estado libanês a rejeitasse igualmente".
O partido,
por sua vez, defende que o acordo de defesa comum assinado por Ancara e Israel, em
fevereiro de 1996, "representa uma ameaça para o processo de paz" no Oriente Médio.
(MZ)