A violência no Darfur, no Sudão, está a atingir níveis alarmantes. O alerta vem das
Nações Unidas que adianta que, nas últimas duas semanas, morreram mais trabalhadores
de ajuda humanitária que nos dois últimos anos. Em Julho foram assassinados oito trabalhadores.
A falta de segurança pode piorar ainda mais as condições da população local, que
depende da ajuda externa e pôr em risco as missões de ajuda às populações. Os
veículos das organizações não governamentais tem sido atacados e saqueados. E nem
escapam as ambulâncias. O representante especial das Nações Unidas para o Sudão,
Manuel Da Silva, considerou a situação como "completamente inaceitável", e pediu aos
grupos envolvidos no conflito armado "que respeitem a neutralidade dos trabalhadores
humanitários. Kofi Annan, secretário-geral das Nações Unidas, defendeu que no Sudão,
em Darfur, será necessária a presença de 18.600 militares para que seja respeitado
o acordo de paz assinado recentemente. A missão deverá começar em Janeiro, na condição
de o governo sudanês aprovar a iniciativa. Destina-se a proteger os civis, em particular
os deslocados.