2006-08-09 18:22:36

CARDEAL CIPRIANI RESPONDE A CRÍTICAS CONTRA A IGREJA


Lima, 08 ago (RV) - O cardeal-arcebispo de Lima, Juan Luis Cipriani Thorne, lembrou que a Igreja tem um compromisso com a verdade autêntica, embora chovam críticas sobre ela. Ele esclareceu que quando um bispo fala, não deve fazê-lo a título pessoal, mas em nome de Cristo.

Nos últimos dias, o cardeal foi alvo de muitos ataques, depois que ele reiterou, no "Te Deum" por ocasião da festa patriótica peruana, sua preocupação pelo relatório final da Comissão de Verdade e Reconciliação (CVR) que, paradoxalmente, difama a atuação pastoral da Igreja Católica em Ayacucho, Apurímac e Huancavelica, durante os anos de violência terrorista.

Em seu programa Diálogo de fé, o cardeal explicou que "a Igreja tem que se esforçar para educar, no respeito à verdade, porque dessa verdade e dessa liberdade nasce a esperança. Mas quando o mentiroso tem sucesso, os demais desanimam, porque se perguntam: "Vale a pena comportar-se bem, quando a gente acaba mal? Não seria melhor _ pensam as pessoas _ ser esperto e enganar para se ter sucesso?"."

O Cardeal Cipriani rejeitou a acusação de que cada bispo daria uma opinião pessoal, diversa da posição da Igreja. "Cada bispo exerce seu ministério em nome de Cristo, como sucessor dos apóstolos, e aí reside a prudência e responsabilidade de cada pastor, pois ele sabe que fala em nome do Senhor" _ salientou o purpurado.

A propósito da Comissão de Verdade e Reconciliação, o Cardeal Cipriani Thorne esclareceu que esta deveria ter "objetividade e equilíbrio impecáveis".

A Comissão recebeu, em 2001, o mandato do presidente interino, Valentín Paniagua, de investigar as violações de direitos humanos ocorridas durante a agressão perpetrada pelas organizações terroristas Sendero Luminoso e Movimento Revolucionário Tupac Amaru (MRTA). Entretanto, em 2003, a Comissão publicou um controvertido relatório, no qual acusa várias autoridades da Igreja de "dificultarem" a defesa dos direitos humanos.

O relatório da CVR recebeu uma chuva de críticas, por parte de diversos setores da sociedade peruana, sobretudo no dado relativo ao número de mortos _ uma cifra questionada não apenas pelos militares, mas também por estadistas independentes. (SP)








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