A polícia da cidade chinesa de Zhangjiakou prendeu esta semana o Bispo auxiliar da
Diocese de Xiwanzi, D. Yao Liang, juntamente com um padre da mesma Diocese e 90 fiéis
da chamada Igreja “clandestina”, que reclamavam a sua libertação. Destes, cerca de
70 já foram colocados e liberdade. Segundo a agência católica AsiaNews, do Pontifício
Instituto das Missões Estrangeiras, este é mais um episódio da forte repressão na
província chinesa do Hebei, onde se concentra um número significativo dos católicos
fiéis ao Vaticano. A Constituição chinesa permite a existência de cinco Igrejas
oficiais (Associações Patrióticas), entre elas a Católica, que tem 5,2 milhões de
fiéis e é controlada por Pequim. Segundo fontes do Vaticano, a Igreja Católica “clandestina”
conta mais de 8 milhões de fiéis. A AsiaNews, assegura que há, neste momento, “dezenas
de Bispos da Igreja clandestina sob prisão domiciliária ou impedidos de exercer o
seu ministério”. Três Bispos fiéis ao Vaticano estão desaparecidos há vários anos,
sem que nenhuma justificação seja dada por parte de Pequim. O caso de D. Yao Liang,
de 82 anos, foi relatado pela Fundação Cardeal Kung, sediada nos EUA, que se dedica
às questões dos Direitos Humanos na China. Esta é a sua segunda prisão, depois da
acontecida a 31 de Março de 2005. Para além deste Bispo, estão na prisão D. Su
Zhimin, titular da Diocese, desaparecido desde 1996; D. An Shuxin, preso há um ano;
D. Han Dingxian, Bispo de Yongnian, desaparecido desde finais de 2005; e D. Jia Zhiguo,
Bispo de Zhengding.