2006-08-02 13:46:19

Israel continua a rejeitar um cessar-fogo, e reiniciou os ataques aéreos. Prosseguem os esforços diplomáticos, apesar da escalada da violência


O exército israelita alargou ontem a ofensiva terrestre no Sul do Líbano, onde soldados e combatentes do Hezbollah se envolveram em violentos confrontos. Apesar da pressão internacional, Israel continua a rejeitar um cessar-fogo e anunciou o reinício, esta madrugada, dos ataques aéreos parcialmente suspensos desde domingo à noite.

Num momento em que o número de mortos no Líbano ultrapassou os 830, Israel continua a perseguir o objectivo de afastar o Hezbollah da fronteira, impedindo-o de lançar rockets contra o seu território. Em última instância, "o objectivo [da ofensiva no Líbano] é o de criar as condições no terreno para a chegada de uma força internacional.

Apesar da escalada da violência, os esforços diplomáticos prosseguem. Em Nova Iorque, o secretário-geral da ONU reuniu-se com os embaixadores dos cinco membros permanentes do Conselho de Segurança: EUA, China, França, Reino Unido e Rússia. Kofi Annan procura ultrapassar as divergências entre a França e os EUA. A primeira condiciona o envio de uma força internacional para o Sul do Líbano a um cessar-fogo prévio; medida que Washington rejeita. Uma reunião dos países que poderão contribuir para a força ficou agendada para amanhã

Em Beirute, o ministro dos Negócios Estrangeiros iraniano, Manucher Mottaki, reafirmou o apoio de Teerão ao Hezbollah e criticou a "ineficácia" da ONU.

Os líderes religiosos libaneses exigiram ontem que o Governo de Beirute assuma a sua autoridade na totalidade do território. Num gesto sem precedentes nos últimos dez anos, cristãos e muçulmanos reuniram-se na capital libanesa para apoiar o primeiro-ministro Fuad Siniora e homenagear o Hezbollah.

Apelando à unidade das várias confissões religiosas, o chefe da Igreja maronita, cardeal Nasrallah Sfeir, o mufti sunita, Mohammad Rachid Qabbani, e o presidente do Conselho Superior xiita, xeque Abdel Amir Qabalan, condenaram a "agressão" israelita e pediram o fim imediato das hostilidades.








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