Faleceu o Cardeal João Willebrands, definido por Bento XVI "pastor incansàvel ao
serviço do povo de Deus e da unidade da Igreja"
Com 96 anos de idade morreu hoje na Holanda o Cardeal. Johannes Willebrands, Foi
um pioneiro do ecumenismo e do diálogo inter-religioso, tendo sido presidente do Conselho
Pontifício para a promoção da Unidade dos Cristãos, onde trabalhou entre 1960 e 1989.
Além disso, era considerado um dos “pais” do documento do II Concílio do Vaticano
sobre as religiões não-cristãs (declaração Nostra Aetate). Nascido em Setembro
de 1909 e ordenado em 1934, Johannes Gerardus Maria Willebrands, desde cedo manifestou
um grande interesse pela causa da unidade dos cristãos, na Holanda. O Papa João XXIII
chamou-o, em 1960, para o recém-constituído secretariado para a união dos cristãos,
do qual assumiu a presidência em 1969. Paulo VI criou-o Cardeal no Consistório
de 28 de Abril de 1969 e, em 1975, foi nomeado Arcebispo de Utrecht e, por isso, Primaz
da Holanda. Em 1989 deixou a presidência do Conselho Pontifício para a promoção
da unidade dos Cristãos. Bento XVI prestou hoje uma sentida homenagem ao Cardeal
Johannes Willebrands, falecido esta manhã na Holanda, considerando que o presidente
emérito do Conselho Pontifício para a Promoção da Unidade dos Cristãos (CPPUC) foi
“um pastor incansável ao serviço do povo de Deus e da unidade da Igreja”. O Papa
enviou uma mensagem ao actual presidente do CPPUC, Cardeal Walter Kasper, manifestando
o seu pesar e dando graças “pelo trabalho desenvolvido” por D. Johannes Willebrands
“nas relações ecuménicas, das quais foi um ardente promotor desde o início do seu
sacerdócio” e, em especial, por alturas do Concílio. “Ele contribuiu para desenvolver
e intensificar o diálogo entre todas as Igrejas e comunidades eclesiais”, acrescenta
o telegrama. Bento XVI escreveu ainda ao Arcebispo de Utrecht, diocese onde faleceu
o Cardeal Willebrands, mostrando-se agradecido pela vida “deste pastor incansável
ao serviço do povo de Deus e da unidade da Igreja, que foi chamado pelo meu predecessor
Paulo VI para dar um novo dinamismo ao diálogo ecuménico”. O Papa deixa orações
por este “servidor da fraternidade entre todos os cristãos”.