Aos responsáveis da comunidade internacional e ás partes em conflito no Libano Bento
XVI pediu que se deponham imediatamente as armas e se façam todos os esforços para
um cessar-fogo.
“No nome de Deus dirijo-me a todos os responsáveis por esta espiral de violência,
para que imediatamente deponham as armas de todas as partes.” Este o premente
e dramático apelo que Bento XVI lançou no Palácio Apostólico de Caltelgandolfo, antes
de recitação do Angelus do meio dia. O Papa repetiu o apelo a um cessar fogo imediato
que já várias vezes, durante a última semana a Santa Sé tinha dirigido aos responsáveis
da comunidade internacional e ás partes em conflito no Líbano. O novo apelo de
Bento XVI verificou-se precisamente no momento em que do Líbano chegava a noticia
trágica do massacre de Cana onde o bombardeamento israelita causou a morte de 55 civis
e entre eles mais de 20 crianças.
-Neste momento não posso deixar de pensar
na situação, cada vez mais grave e trágica que se está a viver no Médio Oriente: centenas
de mortos, muitíssimos feridos, uma multidão enorme de deslocados e sem tecto, casas,
cidades e infra-estruturas destruídas, enquanto que nos corações de muitos parecem
aumentar o ódio e a vontade de vingança. Estes factos mostram claramente que não
se pode restabelecer a justiça, criar uma ordem nova e construir uma paz autentica
quando se usa o instrumento da violência. Cada vez mais vemos como é profética e ao
mesmo tempo realista a voz da Igreja, quando, diante das guerras e dos conflitos em
geral, indica o caminho da verdade, da justiça, do amor e da liberdade. Também
hoje, a humanidade deve percorrer este caminho para alcançar o desejado bem da verdadeira
paz. No nome de Deus dirijo-me a todos os responsáveis por esta espiral de violência,
para que imediatamente deponham as armas de todas as partes. Aos governantes e
ás Instituições internacionais peço que não poupem esforços para conseguir este necessário
cessar das hostilidades e para poder iniciar assim a construir, mediante o diálogo,
uma duradoira e estável convivência de todos os povos do Médio Oriente. Aos homens
de boa vontade peço que continuem e que intensifiquem o envio das ajudas humanitárias
àquelas populações tão provadas e necessitadas. Mas sobretudo continue a elevar-se
de cada coração a oração confiante a Deus bom e misericordioso, para que conceda a
sua paz àquela região e ao mundo inteiro. Confiamos esta premente suplica á intercessão
de Maria, Mãe do Príncipe da Paz e Rainha da Paz, tão venerada nos Países mediorientais,
onde esperamos ver em breve reinar aquela reconciliação pela qual o Senhor Jesus ofereceu
o seu sangue precioso.
Paz, paz! Os fiéis congregados no pátio do palácio pontifício
de Castelgandolfo acolheram com grande participação e com este grito o apelo do Papa
ao cessar fogo no Líbano e em Gaza. Paz sim, respondeu o Papa. Também em francês,
espanhol e polaco ,Bento XVI repetiu a sua invocação para que possam ser depostas
as armas no Médio Oriente e cesse a violência. “Com a intercessão da Virgem Maria
possa Cristo que se tornou nosso alimento, colocar no coração de todos os homens desejos
de paz e concórdia fraterna, foram os votos formulados pelo Papa que exortou os fiéis
a pedir o dom da paz para todas as pessoas que vivem na terra onde Ele próprio viveu
e em todas as regiões do Médio Oriente.