Projecto franciscano forma professores em Moçambique
Um grupo da Associação de Solidariedade Portugal-África e Amigos (ASPAA), movimento
laical franciscano, parte para Moçambique, onde irá desenvolver um projecto que visa
auxiliar a formação de professores locais.
No Chimoio, o projecto “Kunfundiça”
vai mobilizar um professor do 1º ciclo, uma professora de História, um professor de
Educação Física e Desporto, duas psicopedagogas e uma designer e ilustradora.
Não
obstante o investimento estrangeiro tenha permitido criar as estruturas físicas para
o desenvolvimento da educação, o Chimoio depara-se com uma grande carência de professores
e educadores experientes e adequadamente formados, devido à elevada taxa de mortalidade
provocada por doenças como a malária e a Sida.
O objectivo do ASPAA é levar
respostas e criar autonomia num grupo de 29 agentes de ensino (educadoras, auxiliares
e professores de 1º ciclo), beneficiando assim indirectamente cerca de 550 crianças/ano.
O Projecto Kunfundiça, que em língua local significa "educar", procura garantir aos
agentes locais de ensino o acesso a uma formação adequada e contínua, tendo como meta
a médio prazo melhorar a qualidade da educação no interior do país e potenciar o desenvolvimento
e o ensino das crianças.
Além deste projecto inicial, a ASPAA tem ainda previsto
um programa de aquisição de bicicletas para chefes de comunidades em Moçambique e
um outro projecto na área da saúde na Guiné-Bissau. O Projecto Mobilidade pretende
munir estes líderes locais de um meio de transporte que facilite a sua deslocação
até às missões católicas onde lhes é dada formação em áreas como nutrição, higiene,
segurança ou ensino, uma vez que, presentemente, alguns dos chefes comunitários fazem
o trajecto a pé durante várias horas.
A ASPAA surgiu do interesse de voluntários
leigos em auxiliar projectos na área da saúde e da educação em África, na sequência
de trabalhos iniciais realizados com a União Missionária Franciscana (UMF). O envio
de missionários começou no ano 2000, trabalhando na área da educação; já este ano,
uma jovem fisioterapeuta esteve na Guiné-Bissau ao longo de quatro meses, num projecto
ligado à área da saúde.