A Cáritas está a ajudar os imigrantes mais pobres do Líbano a fugir dos confrontos
violentos das últimas semanas. O centro para os migrantes, em Beirute, não pára de
enviar pessoas da Etiópia e do Sri Lanka para Damasco, pagando uma viagem que custa,
hoje, “dez vezes mais do que na semana passada”.
Em comunicado no site internacional
da organização católica, Najla Chahda, director de centro para os migrantes de Beirute,
admite que o maior problema são os transportes, dado que alugar um autocarro chega
a custar mais de dois mil Euros.
Este responsável critica os empregadores que
têm “abandonado os imigrantes, nas suas embaixadas, completamente sem nada”. Só do
Sri Lanka haverá cerca de 3 mil mulheres a dormir nas ruas do Líbano.
A confederação
internacional da Cáritas está a tentar recolher fundos para ajudar estas pessoas,
apontando para um total de meio milhão de dólares, apenas para os próximos três meses.
Mais
de 75 mil pessoas foram apoiados pelas diversas delegações da Caritas no Líbano, desde
que o conflito começou. Em Beirute estão deslocados muitos dos habitantes do sul do
Líbano, onde a ofensiva israelita é mais efectiva.
O Comité Internacional da
Cruz Vermelha emitiu um comunicado alertando para a situação dramática em múltiplas
aldeias no Sul do Líbano. A poucos quilómetros de Bint Jbail, na aldeia de Blida,
há corpos acumulados nas ruas e outros enterrados nos escombros.
A água escasseia
porque os camiões de armazenamento já não abastecem as aldeias e as bombas de água
deixaram de funcionar. A comida também começa a escassear e os cuidados médicos são
diminutos, em zonas de difícil acesso, nas quais os habitantes estão encurralados
e a aguardar socorro.