2006-07-26 16:45:31

IGREJA CATÓLICA NO CHILE RECHAÇA ACUSAÇÕES DA CHANCELER BOLIVIANA


Santiago, 25 jul (RV) - O presidente da Conferência Episcopal do Chile, Dom Alejandro Goiċ Karmeliċ, rechaçou, nesta segunda-feira, as acusações da ministra interina das Relações Exteriores, da Bolívia, Alícia Muñoz, que afirmara ter esse organismo religioso respaldado "aqueles que matavam davam sumiço nas pessoas" após o golpe de Estado de 11 de setembro de 1973.

Durante o fórum "O Estado e a religião na nova constituição política do Estado", que se realizou em Santiago, a ministra Muñoz assinalou que, em sua juventude, estudou no Chile, durante a ditadura, época da qual recorda "como a hierarquia da Igreja Católica dava respaldo àqueles que matavam e davam sumiço nas pessoas".

As declarações da ministra interina das Relações Exteriores, feitas em La Paz e reproduzidas pelo diário "La Prensa", causaram a imediata reação do presidente dos bispos chilenos.

"Lamento muito, o profundo e grave equívoco da senhora (Alicia) Muñoz. O povo do Chile e a comunidade internacional são testemunhas do sacrificado trabalho de defesa e promoção dos direitos humanos que a Igreja levou a cabo em nosso país" _ disse Dom Goiċ Karmeliċ.

O bispo disse ainda, que "são incontáveis os casos de pessoas que, sem discriminação, receberam ajudas de organismos", tais como o Comitê dos Refugiados, o Comitê Pró-paz e o Vicariato da Solidariedade e, assim, conseguiram salvar suas vidas, protegendo sua integridade física e psíquica, recuperando sua liberdade e encontrando um espaço para iniciar a incansável busca de seus familiares desaparecidos".

"As expressões da senhora Muñoz são totalmente alheias à verdade do que realmente aconteceu. Os numerosos reconhecimentos nacionais e internacionais provenientes de amplos setores, recebidos pelo Vicariato da Solidariedade e outras instituições da Igreja também confirmam o que estou dizendo" _ indicou o presidente do Episcopado chileno. (MZ)







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