Conferência internacional para o Libano apoia envio de força internacional
A conferência internacional para o Líbano reunida hoje em Roma exprimiu na sua declaração
final o seu apoio ao envio de uma "força internacional sob mandato da ONU" para o
Líbano. Os participantes na conferência exprimiram igualmente a sua "determinação
em trabalhar imediatamente para chegar, com urgência, a um cessar-fogo que ponha fim
à actual violência e às hostilidades".
Os combates prosseguem no terreno e,
na noite passada, quatro observadores da ONU foram mortos durante um bombardeamento
israelita contra um posto de observação da Força Interina das Nações Unidas no Líbano,
criada em 1978.
O conflito no Líbano foi desencadeado a 12 de Julho quando
Israel lançou uma ofensiva militar contra o grupo xiita libanês Hezbollah, depois
deste ter raptado dois militares israelitas e morto oito num ataque na fronteira entre
o Líbano e Israel.
O Vaticano esteve presente como observador. A delegação
foi encabeçada pelo Secretário para as relações com os Estados, Arcebispo Giovanni
Lajolo.
O encontro reuniu uma vintena de países e instituições internacionais,
que tentaram procurar uma saída para a crise - mesmo sem a presença de Israel, do
Hezbollah ou da Síria. A declaração final deste conferencia internacional de Roma
expressa apoio à ideia de "que uma força internacional seja autorizada sob o mandato
da ONU", sem fazer referência a quais os países que participarão nesta força, nem
sob que forma. Durante a conferência de imprensa que se seguiu à reunião, a secretária
de Estado norte-americana, Condoleezza Rice, declarou que as discussões multilaterais
sobre o estabelecimento desta força vão realizar-se "durante os próximos dias". "O
mandato da força de segurança será debatido durante os próximos dias. Pedimos uma
reunião urgente para que esta força possa ser constituída", acrescentou Condoleezza
Rice. A chefe da diplomacia norte-americana apelou ainda à Síria e ao Irão para que
mudem de política no Médio Oriente. "Chegou a altura de cada um fazer uma escolha"
sobre o seu papel na região, afirmou, sublinhando que "não se pode voltar à situação
anterior".