2006-07-24 17:12:54

NA BOLÍVIA, MINISTRA ACUSA IGREJA DE PROTEGER ACUSADOS DE ASSASSINATO


La Paz, 22 jul (RV) - A ministra do Interior da Bolívia, Alicia Muñoz, acusou, nesta sexta-feira, a Igreja Católica, de proteger dois paraguaios procurados pela Justiça de seu país, por sua suposta participação no assassinato da filha do ex-presidente do Paraguai, Raúl Cubas.

Alicia Muñoz fez a acusação, depois que a polícia revistou o centro de amparo da paróquia Senhor da Paz, em busca dos paraguaios Ángel Acosta Centurión e Blas Concepción Franco. Os dois são apontados pela promotoria paraguaia como integrantes do grupo que seqüestrou e assassinou Cecilia Cubas, há mais de um ano.

Acosta e Franco não estavam no local, segundo a promotora Tania Alfaro, que comandou a busca. Os dois estão em local desconhecido desde quinta-feira, quando saíram da Casa do Migrante, onde ficaram refugiados por vários meses.

O Conselho Nacional do Refugiado (CONARE) revogou o asilo que tinha concedido a Acosta e Franco o mês passado. A decisão foi tomada após a análise de novas provas contra os dois estrangeiros, entregues pelo presidente do Paraguai, Nicanor Duarte, a seu colega boliviano, Evo Morales, há duas semanas.

A ministra Muñoz criticou os responsáveis pelo centro de amparo, por uma suposta "falta de colaboração" e porque a Pastoral Católica "se intrometeu no processo de ocultação dos dois paraguaios". "Eu diria que há uma espécie de cumplicidade" na paróquia, afirmou ela, em entrevista coletiva.

A ministra denunciou a suposta proteção da Igreja, ao lembrar que a polícia não revistou o templo:"Não podemos entrar na paróquia. O mandado de busca era para o centro de amparo, onde estão também outros refugiados" _ comentou Muñoz.

Apesar de sua queixa contra a suposta cumplicidade da paróquia católica, a ministra disse que os dois paraguaios se encontram em território boliviano e que, caso sejam capturados pela Polícia Internacional (Interpol) "serão extraditados imediatamente". (MZ)







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