2006-07-15 19:24:58

PONTIFÍCIO CONSELHO "DA JUSTIÇA E DA PAZ" PEDE A PAÍSES RICOS, COMPROMISSO PARA INTEGRAR SUL DO MUNDO


Cidade do Vaticano, 14 jul (RV) - O Pontifício Conselho "da Justiça e da Paz" fez um apelo, numa nota divulgada pela Sala de Imprensa da Santa Sé, no qual pede que os países ricos do mundo se comprometam em promover negociações comerciais que integrem o sul do mundo.

O apelo _ que reitera a necessidade de uma maior eqüidade nas negociações comerciais, foi feito às vésperas da cúpula do G-8, em São Petersburgo, Rússia (o G-8 é o grupo dos 7 países mais industrializados do mundo mais a Rússia, ndr).

As grandes potências que estão para reunir-se em São Petersburgo devem comprometer-se por uma plena participação de todos os Estados nas negociações comerciais. É a exortação do Pontifício Conselho "da Justiça e da Paz" que, num comunicado assinado pelo presidente do organismo, Cardeal Renato Raffaele Martino, e pelo secretário do mesmo, Dom Giampaolo Crepaldi, reitera que é preciso voltar ao espírito de Doha.

Aquelas negociações de cinco anos atrás _ lê-se no comunicado _ abriram um horizonte de esperança por uma maior justiça nas regras do comércio internacional. A Santa Sé expressa seu pesar, pelo impasse registrado no último encontro da Organização Mundial do Comércio (OMC), realizado no dia 30 de junho próximo passado: o impasse verificou-se não obstante os compromissos assumidos pelos negociadores.

A seguir, o comunicado ressalta a carência de uma visão de justiça e de eqüidade já lamentada por Paulo VI, 40 anos atrás, em sua encíclica "Populorum Progressio".

O organismo vaticano pede, portanto, aos participantes do G-8, reunidos em São Petersburgo, que encontrem um entendimento político para "transformar as etapas técnicas em iniciativas concretas".

As relações comerciais _ prossegue o comunicado _ "têm sérias conseqüências sobre os seres humanos e sobre a sua dignidade".

A Igreja Católica _ lê-se ainda no texto _ defende com veemência "um sistema multilateral" também no âmbito dos intercâmbios comerciais. E rejeita a lógica segundo a qual o "forte prevalece sobre o fraco".

"O imperativo da transparência e a garantia de plena participação de todos os Estados nas negociações" são outros critérios a serem considerados nos intercâmbios comerciais _ conclui o apelo do Pontifício Conselho "da Justiça e da Paz". (RL)








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