Vaticano condena ataque ao Libano e apela ao diálogo: o Papa acompanha a situação
no Médio Oriente
A Santa Sé apela ao diálogo como “único meio digno da nossa civilização”, para a resolução
dos actuais problemas verificados no Médio Oriente. Os últimos acontecimentos registados
“são preocupantes” e estão a ser seguidos “com particular atenção” por Bento XVI e
pelos seus colaboradores, afirmou o Cardeal Angelo Sodano em declarações à Rádio Vaticano,
publicadas esta manhã pela Sala de Imprensa da Santa Sé. O Secretário de Estado
do Vaticano refere que os “últimos e dramáticos” episódios “arriscam de tornar-se
num conflito com repercussões internacionais” e, tal como o fizera já no passado,
“a Santa Sé condena seja os ataques terroristas de uns, seja as represálias militares
de outros”. Nesta declaração o Cardeal Angelo Sodano refere em particular que
a Santa Sé “deplora o ataque ao Líbano, uma nação livre e soberana, e assegura a sua
proximidade àquelas populações que já tanto sofreram pela defesa da sua própria independência”.
Israel alargou a sua ofensiva no Líbano, com um novo ataque ao aeroporto de Beirute
e bombardeamentos a zonas residenciais do sul da capital, depósitos de combustíveis
e à principal estrada para a Síria. Três pessoas morreram e 55 ficaram feridas
nos ataques aéreos, segundo a polícia. O balanço de vítimas elevou para 51 o número
de mortos desde quarta-fei ra, quando Israel começou a retaliar pela captura de dois
soldados pela guerrilha do Hezbollah com incursões ao longo da fronteira com o Líbano.
A ofensiva de Israel tem vários objectivos: pressionar o Hezbollah a libertar
os dois soldados e a afastar-se da fronteira norte de Israel, e fazer pagar um alto
preço ao governo libanês por autorizar o Hezbollah a operar livremente no sul.