Professores portugueses,em regime de voluntariado,formam colegas em Moçambique
A Associação de Solidariedade Portugal-África e Amigos (ASPAA), movimento laical franciscano,
vai enviar para Chimoio (Moçambique), no próximo dia 27 de Julho, um grupo de voluntários
com vista concretizar o Projecto Kunfundiça, que visa auxiliar a formação de docentes
locais cujas carências foram detectadas em 2004/05. Em Nota de Imprensa enviada
à Agência ECCLESIA, David Fernandes, em representação da Associação refere que “o
objectivo é levar respostas e criar autonomia num grupo de 29 agentes de ensino (educadoras,
auxiliares e professores de 1º ciclo), beneficiando assim indirectamente cerca de
550 crianças/ano”. Entretanto, outros professores, informados da deslocação do grupo
português, demonstraram já interesse em participar nesta iniciativa de formação. O
Projecto Kunfundiça, que em língua local significa "educar", procura garantir aos
agentes locais de ensino o acesso a uma formação adequada e contínua, tendo como meta
a médio prazo melhorar a qualidade da educação no interior do país e potenciar o desenvolvimento
e o ensino das crianças. “Não obstante o investimento estrangeiro tenha permitido
criar as estruturas físicas para o desenvolvimento da educação, o Chimoio depara-se
com uma grande carência de professores e educadores experientes e adequadamente formados,
devido à elevada taxa de mortalidade provocada por doenças como a malária e a sida”.
Além deste projecto inicial, a ASPAA, associação criada recentemente, tem ainda
previsto um programa de aquisição de bicicletas para chefes de comunidades em Moçambique
e um outro projecto na área da saúde na Guiné-Bissau. “O Projecto Mobilidade pretende
munir estes líderes locais de um meio de transporte que facilite a sua deslocação
até às missões católicas onde lhes é dada formação em áreas como nutrição, higiene,
segurança ou ensino, uma vez que, presentemente, alguns dos chefes comunitários fazem
o trajecto a pé durante várias horas ( 8 a 10 horas)”. A ASPAA surge do interesse
de voluntários leigos em auxiliar projectos na área da saúde e da educação em África,
na sequência de trabalhos iniciais realizados com a União Missionária Franciscana
(UMF).