Pequim, 10 jul (RV) - A justiça chinesa condenou à morte, seis líderes protestantes
acusados de homicídio e apropriação indébita.
Segundo os advogados, as provas
não são suficientes para condenar nenhum deles já que a confissão foi obtida através
da tortura. É o que denuncia a "China Aid Association", uma organização não-governamental
com base nos EUA, que trabalha pela liberdade de expressão na China.
Pequim
permite a prática do Protestantismo apenas no âmbito das Associações Patrióticas,
nascidas em 1950, depois da tomada de poder por Mao Tsé-tung, e da expulsão dos missionários
estrangeiros e dos líderes das Igrejas, ainda que chineses. O nascimento dessas associações
se deve ao chamado Movimento das Três Autonomias (MTA).
No segundo semestre
de 1950, teve início a opressão religiosa camuflada, sob o pretexto da reforma política
chamada "Movimento das Três Autonomias". Em virtude desse movimento, a Igreja na China
devia livrar-se totalmente da influência estrangeira.
As três autonomias,
de fato, são: autonomia de governo, ou seja, a garantia da liderança das Igrejas aos
chineses, sem nenhum tipo de ingerência externa; autonomia de propaganda, isto é,
a fé devia ser propagada somente pelos chineses; e autonomia econômica, vale dizer,
as Igrejas devem ser mantidas somente com verbas chinesas e jamais estrangeiras.
As
estatísticas oficiais dizem que, na China, existem 10 milhões de protestantes, todos
da Associação Patriótica, nascida do MTA. Os "clandestinos"s são estimados em 50 milhões.
Só no ano passado, o governo chinês prendeu 1.958 pessoas entre pastores e fiéis.
(GZ)