2006-07-11 15:36:31

Conferencia ministerial euro-africana sobre emigração clandestina


O ministro dos Negócios Estrangeiros espanhol defendeu esta segunda feira em Rabat, na abertura de uma Conferência Ministerial Euro-Africana sobre Imigração Clandestina a aplicação de "um modelo equilibrado no interesse de todos".
Miguel Moratinos referiu concretamente o interesse da Europa em "não se deixar submergir por uma imigração incontrolada" e a importância para África de "não permitir a fuga das suas elites", defendendo também um combate "co-responsável" contra os grupos mafiosos que fomentam a imigração clandestina.
Na conferência, uma iniciativa conjunta da Espanha e Marrocos participam representações de 57 países europeus e africanos cujo objectivo é adoptar um plano de acção contra a imigração clandestina.
O plano integra medidas de segurança e a realização de projectos de desenvolvimento nos países de origem dos imigrantes e nos de trânsito, indicou uma fonte oficial marroquina.
Trinta países europeus e 27 africanos participam na reunião de Rabat, entre países de origem, trânsito e destino dos fluxos migratórios. A União Europeia também participa na conferência, assim como organizações internacionais como a ONU e a União Africana.
A imigração clandestina constitui uma das principais preocupações dos países europeus, confrontados com um afluxo maciço de imigrantes oriundos da África Sub-Saariana e do Magrebe, que procuram melhores condições de vida.
Entre os países a norte do Mediterrâneo, Espanha e Itália são os mais afectados pela imigração ilegal devido ao acesso relativamente fácil, quer pelo estreito de Gibraltar quer através da Sicília.
Com a Europa a um "passo", os emigrantes africanos arriscam tudo e muitos morrem durante a travessia do Mediterrâneo, a maior parte das vezes feita em embarcações sobrelotadas ou sem quaisquer condições, como é o caso de barcos insufláveis.
Por outro lado, os Estados do Magrebe, além de países de origem, servem de placa giratória à emigração clandestina, principalmente Marrocos, para onde viajavam milhares de pessoas oriundas da África Sub-Saariana, com destino à Europa.








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