A Santa Sé espera que a comunidade internacional chegue a acordo sobre um instrumento
internacional de combate ao tráfico de armas, baseando-se sobre os mais importantes
princípios de lei internacionais, em particular sobre os direitos humanos e sobre
as normas que regulam as questões humanitárias. Estima-se que as armas ligeiras matem,
pelo menos, 500 mil pessoas em cada ano. O observador da Santa Sé na ONU, Arcebispo
Celestino Migliore, condenou o tráfico de armas ligeiras, considerando que o mesmo
alimenta a violência nos países mais pobres, impedindo o seu desenvolvimento “social,
político e económico”. Nesse sentido, o Núncio pediu que seja negociado um tratado
com consequências legais para o tráfico de armas. As negociações para esse tratado
devem “envolver países desenvolvidos e em vias de desenvolvimento, os que exportam,
importam e os de trânsito, indústrias militares, ONG’s e a sociedade civil”. “O
tráfico ilícito de armas ligeiras é uma ameaça à paz, ao desenvolvimento e à segurança”,
assinalou o Arcebispo Migliore.