2006-07-08 18:24:13

OBSERVADOR VATICANO NA ONU, EM GENEBRA, FAZ APELO À COMUNIDADE INTERNACIONAL EM FAVOR DO TRABALHO DIGNO PARA TODOS


Genebra, 07 jul (RV) - É necessário promover um trabalho digno, que respeite sempre a pessoa humana, de modo particular nos países em desenvolvimento: foi a exortação contida no pronunciamento do Arcebispo Silvano Tomasi, perante o Conselho Econômico e Social das NN.UU., reunido em Genebra. O Observador Permanente da Santa Sé junto às agência da ONU em Genebra fez votos de uma conclusão positiva na rodada de negociações de Doha, Catar, sobre o comércio mundial.

A comunidade internacional deve renovar seu compromisso em favor da eliminação da pobreza global, que "representa, ainda hoje, um escândalo e uma ameaça à paz e à segurança" _ foi a veemente exortação do representante vaticano, ressaltando que, não obstante cresça a riqueza em nível mundial, persiste o abismo entre ricos e pobres.

Para valorizar os efeitos da globalização _ afirmou Dom Tomasi _ é necessária uma convergência dos agentes internacionais em favor do desenvolvimento. Em particular, é necessária uma "melhor coordenação das políticas de investimento financeiro, de reformas agrícolas e de acesso aos mercados". A conseqüência dessa estratégia _ prosseguiu _ "será a progressiva eliminação da dívida externa".

A seguir, Dom Silvano Tomasi fez votos de uma positiva conclusão das negociações comerciais de Doha. Se falirem _ advertiu _ "os pobres do mundo e os famintos pagarão o preço mais alto, e suas possibilidades de crescimento, desenvolvimento, assim como a busca de um trabalho digno, desaparecerão por muito tempo".

A Santa Sé _ afirmou o prelado _ apóia a agenda do Conselho Econômico e Social da ONU, que reitera que a dignidade da pessoa confere ao trabalho e ao desenvolvimento o seu verdadeiro valor. "O trabalho digno _ afirmou o Arcebispo _ diz respeito à qualidade da vida, para além da produção: é uma dimensão da própria pessoa que dá ao trabalho, seu valor mais alto."

O Observador vaticano afirmou, a seguir, que "os indivíduos e os diferentes grupos" devem comprometer-se em favor de uma "subsidiaridade salutar" em campo econômico. "Em nível das comunidades locais _ foi sua reflexão _ a criação de trabalho pode colocar a economia em movimento. Desse modo _ explicou Dom Tomasi _ a pobreza será reduzida, gradativamente, e a emigração se tornará uma oportunidade, ao invés de uma necessidade."

O Observador Permanente da Santa Sé junto às agências da ONU, em Genebra, reiterou que, num tempo caracterizado por uma forte interconexão econômica, os povos menos desenvolvidos devem ser ajudados a adquirir aqueles conhecimentos que lhes permitirão competir com os demais países.

Por fim, Dom Tomasi criticou as políticas de desenvolvimento que acabam por privilegiar corporações em detrimento da democratização. (RL)







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