Conclusões do congresso teologico-pastoral em Valência denunciam pressão ideológica
contra a familia
Os milhares de participantes do Congresso teológico-pastoral do V Encontro Mundial
das Famílias resumiram, numa declaração final, a discussão da última semana, assegurando
que “a família que transmite a fé é uma garantia par ao futuro da humanidade e da
Igreja”. As conclusões provisórias do Congresso foram lidas no último dia de trabalhos,
assinalando que a família vive “uma crise sem precedentes na história”, cujas raízes
se encontram na “pressão ideológica” exercida pela “mentalidade consumista” e pela
acção de “um laicismo de raiz niilista e relativista”. O documento critica, em particular,
a visão individualista “da união entre o homem e a mulher”. A crise da família
“é consequência da crise antropológica que hoje atravessa a humanidade” e que os congressistas
“denunciam com veemência”. Outra crítica importante foi dirigida à resolução do
Parlamento Europeu, que procura impor a equiparação das uniões homossexuais aos matrimónios,
em todos os Estados-membros, assinalando que esta “é fruto de uma falsa concepção
da sexualidade humana e da laicidade do Estado”. O Congresso denunciou também
as campanhas em favor da contracepção e do aborto, “como claro atentado à vida e à
própria existência da família”. Práticas como “o aluguer de úteros e a destruição
de embriões”, acrescentam as conclusões, “colocam em relevo até onde pode chegar o
homem quando esquece o valor da vida”. O Congresso Internacional sobre a Família
foi o principal momento de reflexão teórica do EMF e registou a inscrição de 9200
participantes, divididos pelos congressos teológico-pastoral, o dos filhos e o dos
avós. 54% dos inscritos no congresso provinham da Espanha; 16% de outros países da
Europa; 11% da América Latina; 10% da América do Norte; 5% da África; 3% da Ásia e
1% da Oceania. A Feira Internacional das Famílias, que se concluiu esta sexta-feira
em Valência, recebeu a visita de mais de cem mil pessoas. A este respeito, as
conclusões manifestam a “profunda alegria” pela celebração destas iniciativas, que
consideraram “manifestação de riqueza espiritual e de vitalidade”.