SACERDOTE CATÓLICO FERIDO EM AGRESSÃO, NA TURQUIA

Istambul, 03 jul (RV) - Um sacerdote católico de nacionalidade francesa, Pe. Pierre Brunissen, de 76 anos, foi apunhalado ontem à tarde, na Turquia, por um desconhecido, que foi logo detido pela polícia.

Pe. Pierre Brunissen voltou a abrir, com uma celebração eucarística, a Igreja de Santa Maria, de Trabzon, da qual era pároco Pe. Andrea Santoro, sacerdote italiano assassinado no dia 4 de fevereiro passado, enquanto rezava em sua igreja.

Segundo um funcionário da polícia local, Pe. Pierre foi agredido numa rua de Samsun, localidade situada a cerca de 350 km de Trabzon. Ele foi levado para um hospital e mesmo tendo perdido muito sangue, se encontra fora de perigo e deverá receber alta dentro de poucos dias.

Pe. Pierre Brunissen vive na Turquia há 15 anos e já havia recebido ameaças e ultrajes. Daqui a poucos dias, o sacerdote deveria retornar à França definitivamente, pois havia terminado sua missão na Turquia, mas a decisão de retornar à França foi adiada para meados de setembro, pois ele desejava celebrar, no dia 15 do mesmo mês, a festa dedicada a Nossa Senhora das Dores, padroeira da paróquia.

Habitantes de Samsun disseram à agência de notícias AsiaNews, que não é a primeira vez que Pe. Pierre é agredido e ultrajado com falsas acusações. No dia 21 de fevereiro passado, alguns jovens, considerados pela polícia local como usuários de droga, haviam invadido a igreja de Samsun e ameaçado o sacerdote.

Trata-se do quarto ataque contra expoentes católicos na Turquia, nos últimos meses.

Além da trágica morte de Pe. Andrea Santoro, outro sacerdote, Pe. Henri Leylek, religioso capuchinho, conseguiu sair ileso, no dia 12 de março passado, em Mersin, importante cidade do sul da Turquia, de um ataque com uma faca.

Dois meses antes, outro religioso católico, em Mersin, havia sido vítima de um atentado, segundo revelou o Vigário Apostólico de Anatólia, Dom Luigi Padovese.

Mesmo que o agressor de Pe. Pierre Brunissen esteja na prisão, o gesto violento preocupa os cristãos, por causa dos contínuos atos de violências e ameaças a personalidades eclesiais. (MJ)