Bento XVI assegura a sua oração e o seu compromisso para que a unidade dos cristãos
seja uma realidade
Recebendo no Vaticano, depois da recitação do Angelus do meio-dia, na quinta-feira
29 de Junho, a delegação do Patriarcado Ortodoxo de Constantinopla, cuja presença
considerou “um sinal de fraternidade”, o Papa fez votos de que as duas partes possam
caminhar rumo à “celebração conjunta da Eucaristia do Senhor, como símbolo de plena
comunhão”. Bento XVI evocou o título de “protocorifeu” que a iconografia bizantina
atribui a São Pedro. “Um título cheio de significado, que alude ao primeiro cantor
que, no coro, tem a tarefa de manter a harmonia das vozes , para a glória de Deus
e o serviço dos homens”… “Agradeço-vos, portanto – disse o Papa – por terdes vindo
unir à nossa a vossa oração, animados pelo comum empenho de continuar o caminho que
nos conduz à progressiva eliminação de toda e qualquer desafinação no coro da única
Igreja de Cristo.” Recordando, em especial, a importância da sua próxima “peregrinação
apostólica”, no próximo mês de Novembro, à Turquia (“país – disse - de antiga e rica
cultura, nobre país no qual viveram muitos santo Padres da nossa tradição eclesial,
teológica e espiritual”), o Papa considerou que as visitas recíprocas irão “fortalecer
a nossa fraternidade eclesial e facilitar a colaboração nas iniciativas comuns”. Para
Bento XVI, o retomar dos trabalhos da Comissão Mista Internacional para o diálogo
teológico entre Católicos e Ortodoxos – cujo próximo encontro terá lugar, em Setembro,
na Sérvia – é um sinal de que o diálogo entre as duas Igrejas “voltou ao seu caminho
e entrou numa nova fase”. Já ao meio-dia, na alocução antes da recitação do Angelus,
na Solenidade de São Pedro e São Paulo, o Papa tinha evocado a presença em Roma da
delegação de Constantinopla, agradecendo ao Patriarca Bartolomeu I “por ter manifestado
mais uma vez, com este gesto, a ligação de fraternidade existente entre as nossas
Igrejas”.