O Vaticano divulgou números relativos ao crescimento do número de católicos em África,
adiantando que entre 1994 e 2004 esse número passou de 102.878.000 para 148.817.000,
isto é, um crescimento de 30,86%. Em 1994 os cristãos representavam 14,6% da população
africana, percentagem que, segundo os últimos dados da Santa Sé, chega agora aos 17%.
O
aumento é ainda maior no caso dos padres diocesanos, que passaram de 12.937 para 31.259,
ou seja, mais 58,61%.
Apresentado aos jornalistas os “Lineamenta" da II Assembleia
Especial para a África do Sínodo dos Bispos – primeiro passo rumo à celebração de
um segundo Sínodo para este Continente – o Cardeal nigeriano D. Francis Arinze frisou
que “a África é o continente com a maior percentagem anual de crescimento para o Cristianismo
em todo o mundo”.
O prefeito da Congregação para o Culto Divino e a Disciplina
dos Sacramentos assinalou que “muitíssimos africanos recebem o Baptismo” e que, em
vários países “os seminários e noviciados têm mais candidatos do que aqueles que podem
acolher”.
Na sua intervenção, o membro da Cúria Romana falou dos desafios que
se colocam à sociedade do seu continente, em especial questões como “a pobreza, a
miséria e, sobretudo, a SIDA”.
D. Nikola Eterović, secretário-geral do Sínodo
dos Bispos, adiantou que os temas para a II Assembleia Especial para a África do Sínodo
dos Bispos serão “a reconciliação, a justiça e a paz”. O documento preparatório inclui
um questionário que deve ser devolvido ao Vaticano até Novembro de 2008.