LEI EVANGÉLICA DO AMOR CONTRA DESVIOS SOCIAIS INDUZIDOS PELO SECULARISMO
Cidade do Vaticano, 23 jun (RV) - O Santo Padre recebeu em audiência esta manhã,
um grupo de bispos das Conferências Episcopais da Lituânia, Letônia e Estônia, em
visita "ad Limina".
Uma vida moderna separada dos "autênticos valores humanos"
é destinada a lançar o homem no desalento. A resposta está no Evangelho, que realiza
a sociedade na lei do amor. São os opostos sobre os quais Bento XVI construiu sua
análise da situação atual na Estônia, Lituânia e Letônia.
O objetivo é a família
e os jovens: ambos a serem radicados na fé, para evitar que as antigas "feridas do
comunismo e as novas seduções do secularismo acabem por fomentar "miragens" naqueles
que formam o hoje e o amanhã das sociedades bálticas".
Bento XVI indicou a
agenda aos prelados das três nações do norte da Europa que, em 1991, colocaram fim
à dominação soviética e, no ano passado, passaram a fazer parte da União Européia.
"Terras
pacíficas" _ como as definiu o Papa no início de seu discurso _ empenhadas numa transição
entre velho e novo, não isenta de perigos. "Fragilidade dos laços conjugais", "chaga
do aborto", "crise demográfica", mas também "precariedade do trabalho" e uma mobilidade
social que "enfraquece" as relações entre as gerações: nesse cenário, o Pontífice
inseriu a presença da Igreja local chamada _ afirmou _ a "uma ação missionária sempre
mais convicta, corajosa e incansável" para opor-se aos desvios que ameaçam hoje, sobretudo,
a família.
"Ao mesmo tempo em que as feridas produzidas pelo comunismo em suas
populações não foram totalmente cicatrizadas, vai crescendo a influência de um secularismo
que exalta as miragens do consumismo e que faz do homem a medida de si mesmo. Tudo
isso _ observou o Pontífice _ torna ainda mais difícil a ação pastoral dos bispos,
que devem, todavia, prosseguir, sem perder a confiança, no anúncio do Evangelho de
Cristo, palavra de salvação para os homens de todos os tempos e culturas."
"O
Evangelho não mortifica a liberdade do homem e o autêntico progresso social; pelo
contrário, ajuda o ser humano a realizar-se plenamente e renova a sociedade através
da doce e exigente lei do amor" _ concluiu Bento XVI. (RL)