2006-06-23 13:05:15

Igreja redefine estratégia em relação ao Islão: favorecer a integração dos muçulmanos e defender os direitos dos cristãos


O Vaticano espera que o fenómeno das migrações nos países islâmicos permita desenvolver melhores relações entre cristãos e muçulmanos, favorecendo a integração dos muçulmanos nos países de maioria cristã e defendendo os direitos dos cristãos nos países de maioria islâmica.
No documento final da sessão plenária do Conselho Pontifício para os Migrantes e Itinerantes (CPMI), que acaba de ser divulgado, recomenda-se a promoção da integração e não da “assimilação” dos imigrantes muçulmanos, procurando promover o diálogo e a colaboração sobre temas comuns como “a ajuda aos indivíduos e às populações em necessidade”. Por outro lado, o CPMI deixa claro que é fundamental defender os direitos dos cristãos que se encontram nos países islâmicos, promovendo o conceito de “reciprocidade” que tem marcado as últimas intervenções de representantes da Santa Sé nesta matéria.
Num documento que permite vislumbrar a estratégia católica em relação aos países de maioria muçulmana, é reafirmada a necessidade de uma “distinção entre a esfera civil e a religiosa, também nos países islâmicos”. O texto descreve a difícil situação dos cristãos nestes países, geralmente “como trabalhadores imigrantes pobres e sem poder contratual”.
OCPMI deplora, em especial, as restrições aos Direitos Humanos que são visíveis em alguns Estados, pedindo aos países de origem dos migrantes cristãos que ajudem “os seus cidadãos, nos países islâmicos, a poderem exercer efectivamente o direito de liberdade religiosa”.
Um capítulo particular é dedicado à escola e à educação, na qual se sugere um trabalho aturado em relação aos textos escolares, sobretudo no que diz respeito “à apresentação histórica das religiões”.
Quanto aos países de maioria cristã, é pedido aos católicos que seja “solidários e abertos à partilha com os imigrantes muçulmanos, conhecendo melhor a sua cultura e religião ao mesmo tempo que testemunham os seus próprios valores cristãos”.








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