2006-06-23 19:55:44

"AJUDA À IGREJA QUE SOFRE": RELATÓRIO SOBRE A LIBERDADE RELIGIOSA


Berlim, 23 jun (RV) - "Atingidos pela ameaça do terrorismo, muitos cristãos da Ásia têm optado pela via do exílio para Ocidente. É o caso do Iraque onde, no período de agosto a outubro de 2004, de 10 mil a 40 mil cristãos abandonaram o país, e também da Palestina, onde as comunidades católicas de rito oriental correm o risco de extinção.

A denúncia é da fundação "Ajuda à Igreja que Sofre" (AIS), em seu relatório anual sobre a liberdade religiosa no mundo. O documento define como "grave" também a situação na Colômbia onde, apesar do esforço do governo, prossegue a luta das guerrilhas. O mesmo se dá na Indonésia, onde o extremismo islâmico, aliado a conflitos políticos locais e a interesses pessoais, representa um obstáculo concreto para a garantia da liberdade religiosa.

"No final de 2005 _ revela o relatório da AIS _ fontes da segurança pública de Jacarta advertiram sobre a existência de pelo menos três mil indonésios prontos a desfechar ataques terroristas e atentados suicidas, em todo o arquipélago."

2005 foi um ano caracterizado também, segundo a AIS pela tentativa da China, de se apresentar perante a comunidade internacional como uma Nação que respeita plenamente a liberdade religiosa. "No dia 1º de março de 2005 _ recorda o relatório _ a China aprovou o novo regulamento para as atividades religiosas que, todavia _ ressalta a AIS _ não impediram que Pequim continuasse a prender fiéis e membros do clero, além de torturar membros de diversas comunidades religiosas, destruir e seqüestrar locais de culto, proibir a educação religiosa dos jovens, impor limites e proibir contatos internamente e no exterior."

Na África, enfim, "embora tenham acabado (juntamente com o fim de algumas guerras civis) as ondas de violência que caracterizaram o ano de 2005 em Angola, Costa do Marfim e Sudão, permanece aberto o conflito interno em Uganda". E aos esforços de alguns Estados, como Marrocos e Tunísia, de promover o diálogo e a tolerância, se contrapõe o retrocesso da Argélia que, este ano, aprovou uma lei que pune as conversões do Islã para outra religião. (AF)







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