Cabinda, 12 jun (RV) - No último sábado, 10 de junho, Angola pôde assistir,
finalmente, à posse do Bispo de Cabinda, Dom Filomeno Vieira Dias, 16 meses após sua
nomeação, feita por João Paulo II.
Dom Filomeno assume o ministério em substituição
a Dom Paulino Madeca, que renunciou ao governo pastoral da Diocese por limite de idade.
A
nomeação de Dom Filomeno gerou protestos em diversos setores da comunidade católica
local, contrária à nomeação de um Bispo não natural da região, postura rejeitada tanto
pela Conferência Episcopal Angolana quanto pela Santa Sé.
Mas mesmo com todas
essas controvérsias, a posse se realizou esta manhã, e entramos em contato com Pe.
Silvino Mazunga, da Diocese de Cabinda, para saber como foi recebida a posse pela
comunidade, e como está o clima por lá após esses 16 meses de contestação
Pe.
Silvino Mazunga
Pe. Silvino,
qual era o clima na Diocese, no dia da posse de Dom Filomeno?
Pe. Silvino
Mazunga
Pe. Silvino,
toda essa situação que precedeu a tomada de posse teve momentos de muita tensão, com
a suspensão temporal, inclusive, do exercício do ministério de alguns sacerdotes.
Qual é a situação atual?
Pe. Silvino Mazunga
Dom Filomeno
Vieira Dias lançou um apelo em favor da união dos fiéis católicos da Diocese de Cabinda,
assegurando que pretende a contribuição de todos, "sem exceção".
Ele manifestou
sua confiança na existência de condições que lhe permitam exercer o cargo, frisando
que "o contrário seria a negação da fé, do testemunho dos mártires e da tradição milenar
da igreja de Deus que está em Cabinda". (ED)