Ho Chi Minh City, 09 jun (RV) - Funcionários do Ministério do Meio Ambiente,
do Vietnã, atacaram duas famílias cristãs "montagnards", a fim de forçá-las a sair
das terras que ocupavam. O plano das autoridades governamentais é vender ou distribuir
as terras a novos colonos vietnamitas que chegam à região. As autoridades usaram armas
químicas contra as vítimas, inclusive contra um bebê de apenas alguns meses.
Segundo
a "Montagnard Foundation", o problema está aumentando e o modo como os funcionários
do governo retiram os "montagnards" de suas terras já virou rotina e vem sendo executado
há décadas. Se os "montagnards" são maltratados e se queixam ao governo, são acusados
de estar contra o governo, ou de seguir "forças externas" e são punidos.
"O
único desejo do povo "montagnard" é ser tratado de forma igual, e não ser perseguido
e traído pelas autoridades vietnamitas" _ afirma a "Montagnard Foundation".
A
fundação "Montagnard" convida todas as embaixadas interessadas no Vietnã e a comunidade
internacional"a tentarem, urgentemente, assegurar cuidados médicos às vítimas, a adotarem
as medidas necessárias com o governo vietnamita, para que resolva a contínua discriminação
e corrupção das autoridades que ameaçam e roubam as terras dos "montagnard", e a pressionar
por uma presença humanitária permanente no planalto central, para monitorar a situação
dos direitos humanos.
O povo "montagnard" sofre, há décadas, a perseguição
do governo do Vietnã, por meio do confisco de suas terras herdadas. Além disso, há
um clima de repressão da religião cristã, torturas, assassinatos e prisões.
Em
maio de 2006, o Departamento de Estado dos EUA manteve o Vietnã em sua lista de observação
dos países que violam continuamente a liberdade religiosa.
Segundo a "Montagnard
Foundation", atualmente, 350 "montagnards" são prisioneiros no Vietnã, acusados de
lutar pelos direitos humanos, de evangelização e de tentativa de fuga para o Camboja.
(CM)