Religiosidade popular e catequese na Europa, debatida em Graz num encontro de responsáveis
da área da catequese de 17 paises.
As mudanças da religiosidade na Europa estiveram em destaque num encontro de responsáveis
pela área da Catequese, que se concluiu segunda-feira, em Graz, Áustria. Representantes
de 17 países, entre os quais Portugal, reuniram-se em volta do tema da religiosidade
popular:, defendendo que “o Cristianismo moderno é popular e não elitista”. O
Secretariado Nacional da Educação Cristã (SNEC), presente no encontro, refere em nota
enviada à Agência ECCLESIA que, nos trabalhos, foi recordado que “o Cristianismo começou
na Europa, inculturando-se com a cultura popular, popularizando o Evangelho”. “A
religiosidade popular tem que ser mais catequizada e purificada de excessos”, referiram,
contudo, os participantes. Em Portugal, as crenças populares incluem, ainda hoje,
um conjunto de superstições e gestos mágicos oriundos do paganismo celta. Cristina
Sá Carvalho, do SNEC, apresentou uma reflexão sobre a religião popular em Portugal,
a partir de uma aproximação psicológica, concretizada em Fátima. A religiosidade
popular é um facto que acompanha a vida da Igreja e que a acompanhou durante todos
os séculos. Trata-se de expressões, gestos, atitudes, que expressam uma relação pessoal
com Deus: beija-se a cruz, percorre-se a Via Sacra, participa-se numa peregrinação,
ajoelha-se diante do túmulo de um mártir ou um santo, conservam-se restos do seu corpo
ou dos seus vestidos. Os trabalhos concluíram-se com a nomeação do novo Comité
para os próximos quatro anos da Equipa Europeia de Catequese. Como presidente foi
escolhido o italiano Enzo Bemerni. Antes do encerramento, foi apresentada ao congresso
a “História e método de trabalho da Equipa Europeia de Catequese de adolescentes”,
trabalho de Jan Van Lier e Kurt Zisler.