2006-06-09 19:16:20

BISPOS SALVADORENHOS, MEXICANOS E NORTE-AMERICANOS ANALISARÃO SITUAÇÃO DE EMIGRADOS


San Salvador, 08 jun (RV) - O Arcebispo de San Salvador, Dom Fernando Saenz Lacalle, anunciou para os dias 19 a 21 do corrente, a realização de um encontro entre os bispos do México, El Salvador e Estados Unidos. O objetivo é analisar a situação dos imigrantes irregulares nos Estados Unidos.

Segundo a embaixada salvadorenha nos Estados Unidos, existem cerca de 2 milhões de salvadorenhos clandestinos no país, cerca de 250 mil dos quais são protegidos pelo Estatuto de Proteção Temporária, enquanto outros 250 mil são clandestinos.

Os bispos do México pediram, reiteradas vezes, ao Episcopado norte-americano "uma reforma includente, justa e razoável, onde se reconheça sempre, que se trata de leis que dizem respeito a seres humanos".

O Senado estadunidense aprovou, recentemente, uma reforma da lei sobre a imigração, que legaliza cerca de 9 dos 12 milhões de clandestinos presentes nos Estados Unidos, caso estes comprovem ter trabalhado no país por um período de quatro anos. Também seriam concedidos 200 mil vistos temporários. Para que esse projeto se transforme em lei, ainda deve ser aprovado pela Câmara dos Deputados.

A petição está em sintonia com as propostas do Episcopado norte-americano, que há mais de um ano lançou uma campanha para solicitar aos legisladores, o reconhecimento dos direitos humanos.

Também os bispos mexicanos mostraram satisfação por esse acordo, através de um comunicado emitido em 20 de maio, afirmando tratar-se "de um momento-chave para milhares de mexicanos desprovidos de documentos, pois o reconhecimento de seus direitos e de sua dignidade depende das reformas a serem aprovadas".

Enquanto o projeto de lei sobre a imigração espera por sua aprovação, o governo Bush reforça o controle dos 9.600 km da fronteira mexicana. No último dia 5, chegaram os primeiros 55 soldados de um total de 6 mil previstos. Já foi instalado um sistema computadorizado de alta resolução, que permite vigiar 192 km da linha fronteiriça, com 25 câmeras fixas nos percursos mais utilizados pelos traficantes de clandestinos e narcotraficantes. Além disso, foram enterrados mais de 100 sensores, capazes de identificar movimentos na superfície. (JK)







All the contents on this site are copyrighted ©.