2006-06-07 12:47:37

O primado de Pedro, a viver e compreender no sentido desejado por Cristo: tema da audiência geral desta quarta-feira


“Rezemos para que o primado de Pedro, confiado a pobres pessoas humanas, possa ser sempre exercitado no sentido originário desejado pelo Senhor, e possa assim ser cada vez mais reconhecido, no seu verdadeiro significado, pelos irmãos ainda não em plena comunhão connosco”: palavras improvisadas por Bento XVI, na conclusão da audiência geral desta quarta feira, numa Praça de São Pedro inundada de sol e com a participação de mais de quarenta mil peregrinos.
“Pedro – afirmou ainda o Papa – nesta breve improvisação final, é para todos os tempos o guardião da comunhão com Cristo e guia à realização da caridade na vida de cada dia”. O facto de que diversos textos-chave referidos a Pedro se situem no contexto da Última Ceia – em que Cristo confere a Pedro o ministério de confirmar os irmãos – mostra que a Igreja, que nasce do memorial pascal celebrado na Eucaristia, tem no ministério confiado a Pedro um dos seus elementos constitutivos”.
Na sua catequese preparada por escrito, em italiano, Bento XVI recordou que Pedro se chamava inicialmente Simão. Kefa – em grego, petros – aparece repetidas vezes no Evangelho, acabando por suplantar o nome primitivo. “O facto adquire particular relevo pelo facto de no Antigo Testamento a mudança de nome corresponder geralmente ao confiar de uma missão. E de facto a vontade de Cristo de atribuir a Pedro um especial relevo no seio do Colégio Apostólico resulta de numerosos indícios” … que Bento XVI recorda, um a um.
Por exemplo, “é a Pedro que Jesus lava em primeiro lugar os pés, na Última Ceia, e por ele só que reza para que não soçobre a sua fé e nela possa confirmar os seus irmãos”.
“Aliás o próprio Pedro tem consciência desta sua posição particular: é ele que muitas vezes fala em nome dos outros, pede a explicação de uma parábola difícil ou sentido exacto de um preceito ou a promessa formal de uma recompensa”. “É ele também que resolve o embaraço de certas situações intervindo em nome de todos”.
É perante a especial profissão de fé de Pedro, nos arredores de Cesareia de Filipe, que Jesus pronuncia a declaração solene que define, uma vez por todas, o papel de Pedro na Igreja: “Eu te digo: tu és Pedro e sobre esta pedra edificarei a minha Igreja,. Dar-te-ei as chaves do Reino dos Céus. Tudo o ligares na terra será ligado nos céus; tudo o que desligares na terra, será desligado nos céus”. Muito claras estas três metáforas a que Jesus recorre:


Pedro será o alicerce rochoso sobre o qual assentará o edifício da Igreja; ele terá as chaves do Reino para abrir ou fechar a quem lhe parecer justo; finalmente, poderá ligar ou desligar, no sentido que poderá estabelecer ou proibir o que considerar necessário para a vida da Igreja, que é e continua a ser de Cristo.


“Assim se descreve, com imagens plasticamente claras o que a reflexão sucessiva classificará de “primado de jurisdição”.


Nas saudações, em diferentes línguas, aos variados grupos presentes, não faltou uma em português: RealAudioMP3


Amados peregrinos de língua portuguesa, uma cordial saudação de boas-vindas para todos, nomeadamente para o grupo referido de Portugal! Viestes a Roma para revigorar a vossa fé cristã e os vínculos de amor e obediência à Igreja, que Jesus quis fundar sobre Pedro. Que as vossas vidas, fortes na fé, sempre possam irradiar o amor de Deus, e as suas bênçãos desçam abundantes sobre vós e vossas famílias!











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