Igreja empenhada na luta contra a SIDA: mais de 25% dos centros de ajuda aos infectados,
em todo o mundo, são católicos
A Igreja Católica continuará a dar sua contribuição para a luta contra a SIDA, uma
questão que “preocupa profundamente” Bento XVI. A certeza foi dada, na ONU, pelo presidente
do Conselho Pontifício para a Saúde, Cardeal Javier Lozano Barragán.
Este responsável
lembrou que "26,7% dos centros que garantem tratamento aos seropositivos em todo o
mundo são mantidos pela Igreja Católica”. “O nosso trabalho está centrado em como
oferecer tratamentos, assistência e terapias", explicou na Reunião de Alto Nível sobre
esta pandemia, promovida pela Assembleia Geral das Nações Unidas na semana passada.
A
rede internacional da Cáritas, com sede em Roma, está envolvida em importantes projectos
em cerca de 102 países do mundo. A Igreja trabalha “na capacitação de profissionais
da saúde, prevenção, cuidado, assistência e acompanhamento tanto dos doentes como
das suas famílias", disse o Cardeal mexicano.
Para além da Cáritas, o representante
da Santa Sé aludiu ao trabalho das congregações religiosas e associações internacionais
como as Vicentinas, Comunidade de Santo Egídio, Camilianos, Joaninos, Jesuítas, religiosas
da Madre Teresa, o Hospital do Menino Jesus da Santa Sé e os farmacêuticos católicos.
A
acção da Igreja, referiu o presidente do Conselho Pontifício para a saúde, pretende
"promover com força e sentido de responsabilidade uma resposta para cada fase da doença".
Por
iniciativa de João Paulo II, a Santa Sé criou a Fundação “Bom Samaritano”, que ao
longo dos últimos anos possibilitou a aquisição de medicamentos anti-retrovirais em
18 países, sobretudo na África. "O financiamento para estes medicamentos provém da
generosidade dos católicos de 19 nações", afirmou o Cardeal Barragán, que distribuiu
às delegações da ONU uma publicação que esclarece todas as actividades dos católicos
na luta contra a SIDA.
Quanto à prevenção da doença, o membro da Cúria Romana
disse que “estamos conscientes de que o papel da família no campo da formação e da
educação é indispensável e eficaz”.
“A educação e a informação são dadas também
através de documentos, conferências e intercâmbios de experiências e práticas”, constatou.