Cidade do Vaticano, 03 jun (RV) - Concluiu-se esta manhã, no Vaticano, a Conferência
sobre a "Luta à corrupção" promovida pelo Pontifício Conselho "da Justiça e da Paz".
O
Secretário do organismo vaticano, Dom Giampaolo Crepaldi encerrou os trabalhos, afirmando
que "a corrupção constitui hoje, um fenômeno internacional que envolve todo o cenário
mundial, com uma relação negativa entre corrupção e crescimento econômico, entre corrupção
e índice de desenvolvimento humano, entre corrupção e funcionamento das instituições
democráticas e luta contra as injustiças sociais".
Segundo Dom Crepaldi, a
corrupção, "degenerativa patologia da vida social" pode ser combatida com uma atuação
contemporânea em diversas áreas: educação, justiça, solidariedade e formação das consciências,
além das necessárias operações de investigação e repressão ao fenômeno". Ele evidenciou,
que "a luta à corrupção é um valor, mas também uma necessidade, é um mal mas também
um custo. A rejeição da corrupção é um bem e também uma vantagem".
Dom Crepaldi
recordou que a Doutrina Social da Igreja insiste na "necessidade de conectar entre
si, legalidade, sociabilidade e moralidade." O não respeito da lei, a impunidade e
a corrupção induzem a uma atitude de desconfiança na sociedade.
Reafirmando
a estreita ligação entre ética e economia, Dom Crepaldi concluiu, destacando que os
mercados abertos são menos vulneráveis à corrupção em relação àqueles fechados: certos
monopólios e oligopólios favorecem a corrupção, enquanto aberturas, concorrências,
democracia econômica, dinamismo do mercado, a tornam mais difícil.
Ao saudar
os cerca de 80 estudiosos e especialistas participantes da Conferência, o Presidente
da Pontifício Conselho "da Justiça e da Paz", Cardeal Renato Raffaele Martino, afirmou
que o organismo vaticano elaborará um documento no qual serão colocados em destaque
os resultados mais significativos e mais consolidados sobre o fenômenos da corrupção,
e as linhas mais maduras e iluminadoras para combatê-lo com eficácia, e governá-lo
com decisão. (JK)