Etica nas estratégias de actuação dos empresários cristãos
A ética não deve ser considerada pelos empresários como um empecilho, mas como uma
oportunidade para promover a eficiência na prossecução dos objectivos nos negócios.
Isso mesmo foram dizer a Lisboa os participantes no XXVI Congresso Mundial da União
Internacional dos Empresários Cristãos (Uniapac) sob o tema “Reforçar os líderes empresariais
para servir a humanidade no mundo moderno”. O Cardeal Renato Martino, presidente
do Conselho Pontifício Justiça e Paz, esteve presente na abertura do Congresso, sustentando
que os empresários católicos devem ter uma atitude de "abertura à solidariedade" e
estar atentos aos problemas, não só da própria empresa, mas também da sociedade do
país onde vivem e de todo o mundo. Os negócios, entendidos como “sociedades de
pessoas”, beneficiam da atenção a três dimensões relacionadas com a definição do ser
humano: a dimensão imaterial, a dimensão relacional e a dimensão social. Neste contexto,
como defendeu o Cardeal Martino, “a ética, baseada na natureza humana, é uma oportunidade
para o negócio”. Bento XVI enviou uma mensagem aos participantes deste congresso,
que foi apresentada pelo presidente do Conselho do Pontifício Justiça e Paz, na qual
o Papa afirmava que “a caridade e a verdade” devem pautar a vida dos empresários.